segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Investimentos Rentaveis e Seguros, saiba como adquirir e investir de uma forma facil e segura.

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A dúvida sobre o melhor investimento conservador é comum e merece atenção.

A questão principal que deve ser analisada é a rentabilidade líquida das alternativas disponíveis, ou seja, qual o retorno real que cada aplicação oferece quando comparados prazos iguais no investimento.

Por retorno real compreende-se o percentual de ganhos depois de descontados impostos, taxas de administração e inflação no período.

Por que o medo da inflação?


A inflação é realmente tema recorrente na mídia especializada. Não por acaso. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Ajustado) acumula 7,31% no período de 12 meses encerrado em setembro passado.

No ano, o mesmo IPCA já atinge 4,9%, valor acima do centro da meta estipulada pelo governo para o ano todo, de 4,5%.

A previsão oficial do BC (Banco Central) para este ano é de 6,4%.

O mercado acredita em pelo menos 6,5%, valor que configura o teto da meta. Se desejar, leia mais sobre o regime de metas de inflação em um artigo do Ricardo Pereira.

A variação de preços já é sentida em diversos estabelecimentos. Em termos práticos, a inflação significa a perda do poder de compra da moeda frente aos preços praticados no mercado em geral.

O valor de um produto daqui alguns meses/anos será diferente daquele praticado hoje. Logo, a decisão de investir de forma a multiplicar seu patrimônio precisa considerar escolhas capazes de sustentar (aumentar) seu poder de compra ao longo do tempo.


Opções conservadoras de investimentos


Neste texto, apresento uma análise simples e objetiva dos principais tipos conservadores de aplicação e suas características diante do cenário de alta inflação.


Caderneta de poupança


Isenta de taxas e impostos, é recomendada como colchão financeiro para emergências (fundo de reserva) e objetivos de curtíssimo prazo (até seis meses). Com liquidez imediata e facilidade/comodidade na operação, é muitas vezes a “porta de entrada” de muitos brasileiros no mundo dos investimentos.

Rentabilidade: mínimo de 0,5% ao mês mais TR (Taxa Referencial), que varia de acordo com a taxa média dos CDBs dos 30 maiores bancos.


Rentabilidade dos últimos 12 meses: 7,31%.


Fundos de Renda Fixa


Opção administrada por bancos/gestores, que permitem ao investidor[bb] participar mediante negociação de cotas e pagamento de uma taxa de administração. As decisões de investimentos do patrimônio do fundo são responsabilidade dos administradores e se concentram em títulos diversos, tanto pós-fixados (Fundos DI), quanto prefixados (Fundos de Renda Fixa).

Rentabilidade: o retorno está normalmente atrelado à variação da taxa básica de juros da economia (Taxa Selic), atualmente em 12% a.a., que baliza as operações e empréstimos entre as instituições financeiras e o CDI (Certificado de Depósitos Interbancários).

Rentabilidade média (12 meses) dos Fundos DI: 8,96%.


Rentabilidade média (12 meses) dos Fundos de Renda Fixa: 9,48%.


Os valores acima expressos já tem descontada a taxa de administração, mas não o IR (Imposto de Renda), que será detalhado ao final do artigo. Os dados foram retirados do site da ANDIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).


CDB (Certificado de Depósito Bancário)


São títulos de dívida emitidos pelos bancos que normalmente possuem prazo de vencimento que variam de 30 dias a dois anos. Por oferecerem os títulos em troca de dinheiro para se capitalizar (e emprestar mais caro), os bancos não cobram taxas de administração.

O risco de um investimento em CDB está diretamente relacionado à saúde financeira da instituição que vende o título. Problemas financeiros podem significar falta de liquidez e de capital para honrar os compromissos com os clientes. Caso o banco quebre, o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) garante até R$ 70 mil de volta por CPF.

Rentabilidade: as taxas pagas ao cliente variam bastante, o que significa rentabilidade diferente de acordo com o banco escolhido. Bancos menores, e por consequência com maiores chances de calote, oferecem maior rentabilidade. No entanto, bancos maiores tendem a oferecer maiores facilidades (aporte menor, resgate automático etc.).

O retorno do CDB deve perseguir o CDI ou a Taxa Selic. Procure títulos que paguem, pelo menos, 95% do CDI. Conseguir 100% ou mais é desejável, mas nem sempre é fácil para aportes iniciais mais baixos ou prazos mais curtos. Bancos pequenos e médios já oferecem essa opção por aqui, com qualquer aporte mínimo e pagamento de 100% do CDI para CDB sem carência e até 110% do CDI para CDB com carência de três anos.

Rentabilidade média (12 meses) do CDB para pequenas quantias: 9,41%. Esse valor não contempla incidência do IR (Imposto de Renda), que será detalhado ao final do artigo. Os dados são da Agência Estado.


Títulos Públicos (Tesouro Direto)


Títulos públicos são ativos de renda fixa cujo objetivo é viabilizar a captação de recursos para: a) financiar o déficit orçamentário; b) refinanciar a dívida pública; e c) realizar operações para fins específicos, definidos em lei. São quatro as modalidades de título disponíveis e seus tipos variam de acordo com o perfil do investidor e tempo de investimento (curto e médio prazo).

Para aplicações de curto prazo, estão disponíveis as Letras do Tesouro, nas opções LFT (Letra Fiananceira do Tesouro) e LTN (Letra do Tesouro Nacional). Para o médio prazo estão disponíveis a NTN-B (Nota do Tesouro Nacional série B) e NTN-F (Nota do Tesouro Nacional série F).

Rentabilidade: a rentabilidade varia de acordo com o tipo de título e o preço de aquisição, podendo ser prefixada (LTN), indexada à taxa SELIC (LFT), indexada ao IGP-M (NTN-C) ou indexada ao IPCA (NTN-B). Para detalhes e dicas sobre cada opção e como investir, leia o artigo “Tesouro Direto: como investir, rentabilidade, vantagens e características”.

Rentabilidade (12 meses) de uma LFT com vencimento em 01/2013: 12,8%.


Rentabilidade (12 meses) de uma NTN-B com vencimento em 08/2012: 14,4%.


Os valores acima expressos já têm descontadas a taxa de custódia da CBLC (0,4% a.a.) e a taxa média dos agentes de custódia (0,3% a.a.), mas não o IR (Imposto de Renda), que será detalhado ao final do artigo. Os dados foram retirados do site do Tesouro Direto.


Recolhimento de Imposto de Renda para Renda Fixa


À exceção da caderneta de poupança, todos os demais investimentos[bb] em renda fixa determinam que o investidor deva recolher Imposto de Renda sobre os ganhos mediante tabela de alíquotas estabelecida pela Receita Federal:

  • Investimentos com prazo inferior a seis meses, alíquota de 22,5%;
  • Prazo superior a seis meses, mas inferior a 12 meses, alíquota de 20%;
  • Prazo superior a doze meses, mas inferior a 24 meses, alíquota de 17,5%;
  • Prazo superior a 24 meses, alíquota de 15%;
  • Fundos tem ainda a cobrança semestral do IR na figura do come-cotas.
    Acesse e leia o artigo “Imposto de Renda nos fundos de investimento em renda fixa: o famoso come-cotas” e entenda como ele funciona. Eventuais diferenças são pagas no momento do resgate.

Comparativo das rentabilidades


Com o objetivo de apresentar uma análise mais prática, decidi levantar os possíveis retornos dessas alternativas consultando os sites dos bancos, órgãos reguladores, ANBIMA e Tesouro Direto para montar um quadro comparativo entre as rentabilidades mínimas e máximas encontradas.

Cabe ressaltar que as taxas exibidas contemplam desconto das taxas de administração, custódia e IR correspondente a 20% dos ganhos (prazo entre um e dois anos). Por isso os valores diferem um pouco dos apresentados nos resumos de cada aplicação publicados alguns parágrafos acima.

Ao observar o comparativo abaixo, tenha em mente que as rentabilidades mínimas apresentadas foram encontradas buscando histórico recente das alternativas indicadas: para os fundos, este grupo representa os produtos com taxas de administração altas, de 2% a 4,5%; no caso dos CDBs, estão com rentabilidades menores aqueles de bancos grandes, que normalmente pagam entre 75% e 85% do CDI.

Para a rentabilidade máxima foram pesquisados produtos mais interessantes (tanto fundos quanto títulos) em bancos menores e menos famosos.

Para todas as opções foi respeitado o prazo de doze meses. Logo, a distorção entre o retorno mínimo e o máximo se dá por conta das muitas opções disponíveis no varejo, o que mostra a importância de pesquisar muito antes de aceitar a primeira oferta de seu gerente de contas.

Comparativo de rentabilidades das alternativas conservadoras


Análises e conclusões


O texto de hoje tem como objetivo servir de referência para suas decisões de investimento reforçando a importância de conhecer bem as aplicações conservadoras disponíveis atualmente. Cabe destacar algumas conclusões a partir das informações aqui publicadas:

  • Por sua característica simples e acessível, a caderneta de poupança oferece boa rentabilidade para quem deseja começar a criar o hábito de poupar e pretende usar o dinheiro[bb] em um prazo inferior a seis meses (período em que a alíquota de IR das demais alternativas bate em 22,5%);
  • Escolher um fundo DI ou fundo de renda fixa sem pesquisar muito bem pode significar rentabilidade líquida menor que a da caderneta de poupança. Neste sentido, o alerta é em relação à taxa de administração cobrada, que deve ser inferior a 1,5%, e à estratégia de investimento do fundo, claramente detalhada em seu prospecto. Fundos com taxas mais altas dificilmente renderão mais que a poupança no curto prazo;
  • CDBs e Títulos Públicos tem uma rentabilidade líquida semelhante para os piores casos, mas a opção pelo Tesouro Direto é mais inteligente porque oferece liquidez maior e maior segurança. Alguns bancos maiores só chegam a 85% ou mais do CDI exigindo carência no investimento (prazo mínimo). Os títulos tem leilões semanais e um mercado secundário bastante ativo;
  • CDBs de bancos médios e menores tendem a oferecer rentabilidades muito interessantes, bem acima dos concorrentes mais famosos. Neste caso, em que a solidez da instituição não é tão reconhecida, a dica é investir montantes que não ultrapassem o limite garantido pelo FGC, ou seja, R$ 70 mil;
  • Os títulos públicos (Tesouro Direto) oferecem excelentes rentabilidades no médio prazo, especialmente se consideradas as opções pós-fixadas e atreladas à inflação. Particularmente, gosto e recomendo a NTN-B por sua característica de preservar o poder de compra aliada a uma taxa de retorno bastante atrativa;
  • No geral, são boas as perspectivas para quem deseja garantir bons retornos através de aplicações conservadores. Tomar essa decisão diante do desejo explícito do governo e do BC em continuar baixando os juros e optar por investir diretamente em títulos privados (CDBs) e públicos (Tesouro Direto) tende a trazer retornos mais interessantes que produtos bancários tradicionais (fundos e caderneta de poupança).

Por fim, cabe lembrar que as alternativas não são excludentes, isto é, você pode (e deve) investir de forma a diversificar sua cesta de investimentos.

Você deve criar sua estratégia de acordo com seus objetivos de curto, médio e longo prazo, além de certificar-se de que suas decisões sejam coerentes com seu grau de aversão ao risco.

Eu, por exemplo, gosto de manter o fundo de emergência com muita liquidez (poupança) e então aproveitar os CDBs de bancos pequenos para capitalização de curto prazo (até R$ 70 mil) e títulos públicos atrelados à inflação para sustentar metas de médio prazo (assim garanto o poder de compra sempre).

Para o longo prazo prefiro o investimento em renda variável (ações e fundos de ações de gestores independentes).

Espero ter contribuído de forma a enriquecer o debate que cerca as decisões mais conservadoras de investimentos.

Para mais detalhes das alternativas disponíveis e informações sobre as rentabilidades, leia também o excelente texto “Reavalie seus investimentos com a nova etapa da crise mundial”, do blog “Ganhar, Gastar, Guardar” editado pela jornalista Denyse Godoy no portal Folha.com.

sábado, 8 de outubro de 2011

Pais que ensinaram seus filhos a lidar com responsabilidades financeiras relatam que seus filhos estão com futuro garantido.

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Como contador e economista, tenho a satisfação de afirmar que o sucesso financeiro de seu filho(a) virá do conhecimento.

O sucesso a qual me refiro está relacionado ao uso consciente do recurso “dinheiro” e suas implicações/consequências.

A aprendizagem é o caminho mais eficaz para que seu pequeno se transforme em um adulto capaz de lidar com o dinheiro de uma forma inteligente.

O primeiro e inesgotável local de aprendizagem é o lar.

Os primeiros e mais importantes mestres são e serão sempre os pais.

Sabemos que o cotidiano familiar é extraordinário e complexo: muitas demandas, muitas surpresas e vários desafios. Os exemplos dados em casa são tão importantes quanto o ensino formal encontrado nas escolas.

Esse artigo é um lembrete carregado de reflexões para quem tem criança ou adolescente em casa.

Em meio a tantas coisas e demandas, os pais ou responsáveis precisam estar atentos também às questões financeiras relacionadas ao universo infanto-juvenil. Sem essa de “dinheiro é assunto de gente grande”.

Para iniciar essa reflexão, é preciso voltar a uma conhecida afirmação de base: nossas crianças aprendem pelo exemplo. Assim, o primeiro passo é analisar como você e seu parceiro(a) lidam com as questões relacionadas a esse universo:

  • O clima costuma ficar pesado na hora de pagar as contas?
  • Estranham-se dentro da loja na hora da compra de algum produto?
  • Como anda a consciência ecológica da família?
  • Costumam fazer planejamento mensal ou das próximas férias?
  • Envolvem as crianças nesse planejamento?
  • Qual foi a última vez que levou seu filho ao supermercado e ele te ajudou na pesquisa de preços ou na escolha do melhor produto?
  • Seu filho(a) sabe usar o dinheiro da mesada? O que você faz quando a quantia acaba logo e ele pede mais?
  • A última festinha de aniversário deixou a sua conta corrente no vermelho?

Sempre as mesmas questões, não é mesmo? Ora, sem essa análise fica mais difícil traçar metas sustentáveis e manter uma boa qualidade de vida!

Depois de relembrar que seus filhos estão muito atentos a cada atitude sua, procure desenvolver a inteligência financeira deles através de conversas informais sobre conceitos como pagamento à vista, a prazo, descontos, renda, mensalidade e etc.

Compare valores mostrando a relação custo-benefício, fale da importância de poupar e dos perigos do consumismo.

Faça isso dentro de um clima agradável e respeitando a idade de cada um.

As explicações devem ser passadas para os menores de forma simples e. À medida que vão crescendo, os mesmos conceitos serão aprofundados gradativamente, por vocês (pais) e pela escola.

O estímulo aos conhecimentos financeiros provoca muitas surpresas agradáveis.

Lembro-me que quando minha sobrinha tinha 10 anos ela apareceu com uma planilha de produtos, e os respectivos preços, feita especialmente para seu pai, que iria fazer uma viagem ao exterior. Ela não só fez a lista de pedidos como aproveitou a Internet para cotar os valores. Superdotada? Não. Esse comportamento é fruto do aprendizado obtido por ela desde pequena junto a seus pais!

Não adianta exigir atitudes maduras de seu filho, por exemplo, quando ele vai morar sozinho na época da faculdade. Não adianta ficar nervoso(a) quando a fatura do cartão de crédito dele é alta.

Inútil pedir para que ele cuide bem do tênis novo, da mochila nova e que não desperdice comida.

Eu pergunto para você: qual foi o modelo que ele assimilou nos primeiros anos da infância? Quais os valores que foram absorvidos a cada dia? Quais os ensinamentos financeiros e ecológicos que você transmitiu?

Somos falíveis. “Não foi possível ou não sabíamos da importância de cuidar da inteligência financeira de nossos jovens e crianças”.

Ainda assim, com o tempo ele acabará aprendendo as melhores condutas e os comportamentos financeiros adequados, mas o caminho será mais difícil. Os erros, é claro, sempre ensinam.

O mundo cada vez mais exigente está aí e a vida precisa ser vivida com sabedoria.

Nós, adultos, temos a grata responsabilidade de cuidar e formar o adulto de amanhã. Um adulto consciente e responsável formado sobre as bases sólidas do amor, carinho, compreensão e conhecimentos adquiridos em casa, na escola, nos livros e em sites qualificados. Enfim, um adulto inteligente e criado dentro do universo de saberes disponíveis.

E você, o que pensa sobre isso? Compartilhe conosco sua opinião.


Aprenda a ter o verdadeiro Feliz Ano Novo com o bolso muito bem renovado e conhecimento financeiro. Aprenda!

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Nós do Economia Nacional e Mundial estamos muito felizes em poder terminar este 2011 com muita alegria e poder ter colaborado com a situação economica dos brasileiros e do mundialmente e desta vez ensinaremos como começar um 2012 repleto de felicidades.

Já repararam que o ano está “acabando” cada vez mais cedo?

Mal chegou outubro e já temos Panetone nos supermercados, carros 2012 nas lojas (esses, então, começam a trocar de ano cada vez mais cedo), decoração natalina para vender no comércio, lojas começando mais uma “queima total, ficamos malucos, descontos nunca vistos antes” e muitas outras ocorrências típicas de final de ano.

Aliás, o décimo terceiro salário nem entrou na conta dos brasileiros e o comércio já está “seduzindo” o consumidor para que ele gaste-o antes mesmo de “ver sua cor”.

Temos que lembrar que depois de toda festa regada a muita bebida vem uma forte ressaca.

Estou falando de Janeiro, o mês dos “I”s. IPVA, IPTU, “ihhhhh faltou dinheiro para a matrícula dos filhos” e por aí vai. Lembrando que teremos um forte IGP-M (inflação também começa com “i”) em 2012, por mais que o governo prometa que será uma nova “marolinha”.

A verdade é que quem consegue passar de janeiro “no azul”, tem grandes chances de continuar na mesma situação no decorrer do ano.

Vamos a algumas dicas de como podemos alcançar 2012 em paz e com a saúde física e financeira preservadas. Afinal, um bolso saudável ajuda até mesmo a cuidar melhor da nossa saúde e bem estar.

Até mesmo a OMS reconhece a importância da “saúde social” para o nosso bem estar.


1) Conheça a si mesmo antes de começar o Ano Novo. Saiba quanto gastou por mês com água, luz, combustível, supermercado, compras, lazer e prestações em 2010. Coloque essas despesas em uma planilha e veja o que pode ser reduzido. Despesas relacionadas ao consumo (despesas variáveis) são mais fáceis de abater.


O seu extrato bancário dos últimos 12 meses pode dizer maravilhas (ou não) a seu respeito.

Faça um mapa de todos os financiamentos e prestações adquiridas em 2010 e veja o quanto precisa de sua renda para tratar desses assuntos.

Procure não contrair dívidas que consumam mais do que 30-35% de sua renda.


2) Só pense em adquirir um novo bem se estiver bem financeiramente. Simples assim.


3) Aprenda a mágica dos juros compostos em aplicações financeiras e a tragédia nas compras a prazo. Não se iluda com o pensamento “essa parcela cabe no meu bolso tranquilamente”. Antes de fechar uma compra, entenda bem como funciona o mecanismo das prestações.


4) Dedique um pouco do seu tempo para pensar na sua carreira profissional. Será que na mesma empresa onde trabalha não existe uma oportunidade melhor? E nas outras empresas? Não vale a pena disparar alguns currículos aproveitando a tranquilidade de estar empregado?


5) Não seja acomodado. O mundo gira, e cada vez mais rápido, à medida que ficamos mais velhos.


6) Desenvolva seu network. Participe de grupos e fóruns relacionados à sua carreira e áreas de interesse pessoal.


7) Nem só de empréstimos e financiamentos vive o mundo. Se você já tem um carro e pode esperar um pouco, um consórcio pode ser uma boa pedida para comprar um novo. A poupança própria seria ainda melhor. Fuja do imediatismo.


8) Converse com sua esposa e filhos sobre planejamento doméstico. Um time que joga unido tem mais chances de ser campeão do que um time que tem um artilheiro que não passa a bola pra ninguém.


9) Quem deve cuidar da sua saúde financeira é VOCÊ! Para tal, conheça os planos que seu banco oferece e informe-se muito bem sobre as taxas que ele cobra. Por mais experiente que o seu gerente seja, quem sabe onde “aperta o calo” é você.


10) Seja realista! Não adianta querer ter uma casa na praia ou fazer “a viagem dos sonhos” devendo no cartão de crédito e no cheque especial. Concentre-se em quitar as dívidas e pense duas vezes antes de contrair uma nova.


11) Cheque especial não é "complemento do salário". Cheque especial, apesar de estar sempre disponível, só deve ser usado em situações REAIS de emergência e deve ser coberto o mais rápido possível.


Por fim, tenha em mente que o importante é "viver em paz" com o seu dinheiro.

Não adianta tratar o dinheiro a partir do comportamento bipolar, isto é, no início do mês ele é "do bem" (você tem dinheiro) e no fim do mês ele é "do mal" (o dinheiro se foi).

Dinheiro deve ser a nossa base sólida para a prosperidade, para o nosso futuro.

Não existem grandes lavouras sem pequenas sementes.

Não existem grandes fortunas sem pequenos investimentos.

Quem gasta mais do que ganha, não está só contraindo dívidas; está também deixando de plantar as sementes do seu futuro. Vamos começar?


Crescimento Profissional - Reportagem para quem tem medo de se arriscar e quer saber como iniciar sua vitória.

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A abordagem tradicional do crescimento pessoal, que objetiva ações baseadas no conceito de causa e efeito – “faço isso, estudo aquilo e passo a ganhar mais” –, não deve ser levada ao pé da letra por quem pretende viver uma verdadeira guinada financeira.

Enriquecer e atingir a independência financeira contando apenas com o salário é tarefa que poucos conseguem atingir, basta observar a realidade à sua volta.

Apresento com mais intensidade essa opinião no artigo “Sucesso, riqueza e bem-estar: só iniciativa não basta para vencer!”, publicado semana passada.

Hoje quero aprofundar o tema tratando de um aspecto pouco discutido nos papos sobre dinheiro: a importância de correr riscos! Convido-o a uma reflexão sincera sobre seus passos pessoais e profissionais.

Quando foi que você realmente se arriscou a fim de encarar uma mudança? Qual foi o resultado?

  • “Não deu certo!”. Fracassou? Ok, as saídas são: lamentar-se, encontrando culpados por todo lado, escondendo-se atrás de desculpas de toda ordem e abrindo mão de suas responsabilidades, ou investigar as causas do insucesso, fortalecer os pontos que contribuíram com a ruína e tentar de novo. Aceitar a frustração reduz a ansiedade e torna mais humana a tarefa de “digerir” as trombadas;

  • “Boas oportunidades surgiram”. Extraiu algo de positivo? Excelente. Assumir riscos então contribui para o amadurecimento e possibilita que exploremos melhor todas as nossas capacidades. Assusta, mas enriquece;

  • “Não mudou nada”. Tem certeza? A tentativa de mudar e o risco corrido também não fizeram mal algum, certo? Logo, correr riscos desejando e trabalhando por algo melhor certamente agrega valor, ainda que seja “apenas” como amadurecimento e experiência.

Riscos são oportunidades de alcançar resultados diferentes a partir de decisões igualmente diversas. Não há um manual que ensina quem e quando devemos arriscar.

Cada pessoa tem seus anseios e desejos e também seu grau de aversão ao risco, mas é importante que estes fatores sejam coerentes.

Afinal, o conflito entre o tamanho de nossos sonhos e nossa determinação de arriscar para conquistá-los está entre as razões principais de sérios problemas emocionais.


Encare o risco de forma prática!


Se jogar-se diante de oportunidades que exigem desprendimento ainda lhe parece uma decisão difícil, tente parametrizar sua abordagem de uma forma mais objetiva:

  • Ouça com atenção ao que os outros têm a dizer, mas decida-se sozinho. Participe ativamente dos círculos familiares e profissionais, mas faça-o de forma inteligente. Isto é, evite o ímpeto de avançar com suas verdades prontas e procure escutar mais que falar. Depois, filtre bem que informações são realmente relevantes para o que você pretende fazer e dê o passo por conta própria; você precisa ser capaz de arcar com as consequências de seus atos;

  • Informe-se sobre oportunidades de gerar renda extra. Comece a pensar “fora da caixa” e envolva-se com as chances de abrir seu próprio negócio, investir mais etc. Você já visitou o SEBRAE de sua cidade/região? Já leu algum livro ou material que detalha as alternativas de investimento disponíveis no Brasil hoje? Tenha certeza de que seu desejo de transformação não é apenas uma tentativa de distanciar-se da realidade, dos problemas cotidianos. Em outras palavras, conheça o mundo real relacionado com a atividade que pretende exercer e veja se você tem o perfil para ela;

  • Discorra e analise as possíveis consequências antes de arriscar. Gosto bastante de responder a três questões antes de dar um passo rumo ao novo: o que de bom pode acontecer? O que de ruim pode acontecer? Qual dos dois cenários é o mais provável? Funciona assim: eu reúno todas as informações possíveis e que julgo importantes para responder a essas perguntas e vou adiante só quando o quadro me traz confiança.

Se você interpretou adequadamente este pequeno artigo, percebeu que ele é um convite à mudança.

Quero que você leve em conta sua atual situação e questione-se: estou acomodado e contando mais com os outros que comigo mesmo para atingir minha independência financeira? Sou definido por minha luta e disciplina para correr atrás do meus objetivos ou pelo meu contracheque?

“Não há nada de errado em ter um contracheque estável, a não ser que ele interfira na capacidade que você possui de ganhar o que merece.

É neste ponto que está o problema: ele geralmente interfere. Nunca estabeleça um teto para os seus rendimentos” – T. Harv Eker


Faça, apesar do medo!


A sensação de que as coisas podem dar muito erradas ou os conselhos dos mais chegados tentando dissuadi-lo da arriscada decisão pesam, mas refletem expectativas externas.

Em geral, a sociedade espera que você falhe - os que adoram apontar o dedo e dizer "Não falei?" são maioria, infelizmente.

Se você acredita no potencial do projeto/ideia e está preparado para, dando certo ou errado, insistir e assumir responsabilidades, agradeça as interferências e use-as como motivação.

Gosto da história de um pamonheiro aqui da cidade, que antes trabalhava como operador de máquinas na indústria.

O nascimento dos filhos aumentou o custo de vida e, ao lado de sua esposa, ele decidiu arriscar-se em um antigo hobby familiar: produzir pamonhas, mas dessa vez para vender.

Durante algum tempo, ele manteve os dois trabalhos.

Hoje o casal fatura quase cinco vezes mais que na época da indústria, ele tem mais tempo com a família e um padrão de vida melhor. Ele arriscou.

Então mãos à obra! É hora de tirar da gaveta aquele plano de negócios, fazer o tão falado curso de extensão, começar logo a graduação na nova carreira, investir naquela sociedade e por ai vai.


O que você quer fazer?


Precisa de autorização para isso?


Está esperando o quê?

A inflação brasileira medida pelo IPCA acelerou o aumentou de passagem aérea, combustível e alimentos.

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A inflação brasileira medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou em linha com o esperado em setembro, pressionada sobretudo por transportes e habitação, e a taxa em 12 meses distanciou-se ainda mais do teto da meta.

O indicador subiu 0,53 por cento em setembro, após alta de 0,37 por cento em agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

Foi a maior alta nesse mês desde 2003.

Analistas ouvidos pela Reuters previam taxa de 0,54 por cento.

"A maioria dos grupos aumentou em setembro, em especial os com maior peso", disse a economista do IBGE Eulina Nunes dos Santos.

A principal pressão individual no mês veio de passagens aéreas, com salto de 23,4 por cento e impacto de 0,09 ponto percentual.

"Setembro foi um mês de férias e normalmente as companhias aeres retiram de venda as passagens com preços promocionais.

Houve também o Rock in Rio que aumentou muito a procura por passagens e os preços subiram."

Assim, os preços do grupo Transporte subiram 0,78 por cento em setembro, ante queda de 0,11 por cento em agosto, impactado ainda pelo aumento dos combustíveis, de 0,69 por cento.

Outras pressões vieram de alugueis residenciais, gás de botijão e tarifa de água e esgoto, que contribuíram para a aceleração da alta de preços do grupo Habitação, de 0,32 por cento em agosto para 0,71 por cento em setembro.

Os preços do grupo Alimentação e bebidas foram responsáveis por 28 por cento da taxa do mês, ao subirem 0,64 por cento em setembro, mas a variação foi inferior à do mês anterior, de 0,72 por cento.

Itens de peso no orçamento familiar como feijão, açúcar, arroz, refeição fora de casa, carnes e frango ficaram mais caros.

"O feijão tem o problema da seca na região produtora, a refeição fora de casa vem subindo bastante com o aumento da renda e dos custos,o açúcar tem problema de quebra de safra e as carnes têm uma demanda interna maior", disse Eulina.


PERSPECTIVAS


Para outubro, a LCA Consultores prevê uma inflação entre 0,40 e 0,45 por cento.

"Esperamos que no IPCA de outubro o grupo Alimentação e bebidas registre nova desaceleração, ainda que discreta, passando... para algo próximo a 0,50 por cento.

Também esperamos desaceleração do grupo Transportes, em boa medida pela perda de fôlego do álcool e da gasolina --este último influenciado pela Cide-- e de avião."

Em setembro, a taxa acumulada em 12 meses subiu 7,31 por cento até setembro, a maior desde maio de 2005, ante 7,23 por cento até agosto, seguindo acima do teto da meta perseguida pelo governo, que é de 6,5 por cento.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e os analistas dizem que esse foi o pico e que a tendência a partir de outubro é de desaceleração da variação em 12 meses, sobretudo em razão da saída das taxas fortes dos últimos meses de 2010 .

No ano até setembro, o IPCA acumulou elevação de 4,97 por cento.