sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) cai cerca de 2% nesta sexta e perde mais de 7% em setembro.

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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o pregão desta sexta-feira (30), último do mês e do trimestre, em queda de praticamente 2%, puxada pela crise da dívida soberana na Europa e pelas incertezas sobre o crescimento econômico global.

O Ibovespa caiu 1,99%, aos 52.324 pontos.

O volume financeiro foi de R$ 6,43 bilhões.

Com isso, o principal indicador do mercado acionário brasileiro fechou setembro com queda de 7,38%.

No ano, a desvalorização atinge 24,5%.

De julho a setembro, a desvalorização do Ibovespa foi de 16,15%. É o pior desempenho trimestral desde o final de 2008, quando o mercado ressentia a quebra do banco norte-americano Lehman Brothers.

No exterior não foi diferente. Os principais índices acionários de Nova York e na Europa também amargaram no trimestre as piores perdas em três anos.


Cautela

Depois de cair nos seis últimos meses, o mercado local pode subir em outubro e até dezembro, avaliam profissionais. A cautela, contudo, ainda é palavra de ordem.

"Esse último trimestre deve ser mais positivo para a bolsa. Os governos e os bancos centrais do mundo vão ter que agir mais do que fizeram até agora, e o mercado pode melhorar", afirmou o diretor da Ativa Corretora, Álvaro Bandeira.

O estrategista-chefe da CM Capital Markets, Luciano Rostagno, acredita que boas notícias devem vir da Europa em outubro, aliviando o comportamento das bolsas.

"A expectativa é de que a Grécia receba parcela de empréstimo e que as autoridades consigam avançar em um acordo para blindar os bancos europeus.'

Rostagno considerou que a bolsa brasileira já está muito descontada e que só com um "evento catastrófico, como a quebra de um banco", o Ibovespa cairia abaixo dos 50 mil pontos.

Ainda assim, há quem esteja mais pessimista e não descarte um novo mês de queda na Bovespa, como é o caso da chefe de gestão de fortunas da Mirae Securities, Luciana Pazos.

"É difícil trabalhar com um cenário de recuperação. É preciso medidas mais concretas (para evitar a recessão), principalmente na Europa", afirmou. "Não descartamos uma nova queda e trabalhamos com um cenário mais negativo que positivo."

Além da Europa, Luciana lembra que a situação econômica nos Estados Unidos preocupa, principalmente o mercado de trabalho e a alta taxa de desemprego, que afetam o consumo local, o principal "motor" da economia norte-americana.

No lado positivo, Luciana destaca a expectativa de redução do juro no Brasil. "Se não houver quebra da Grécia ou de algum banco e passarmos por outubro e novembro com queda de juros no Brasil, a bolsa brasileira pode melhorar", opinou.


Varejo e construção em baixa

Nesta sexta, entre as ações do Ibovespa, as maiores quedas ficaram com os setores de consumo e construção.

A Hypermarcas teve o pior desempenho, desabando mais de 9%, a R$ 8,84, seguida por B2W, com baixa de 6,9%, a R$ 14,70, e por Gafisa, com perda de 6,77%, a R$ 5,37.

O Goldman Sachs reduziu seu preço-alvo para os papéis da B2W e outros do setor de consumo, por considerar que a desaceleração do crescimento da economia brasileira e a queda na confiança do consumidor indicam um consumo mais fraco no segundo semestre.

Entre as poucas altas da carteira teórica neste pregão, destaque para Marfrig , com valorização de 6,79%, a R$ 6,13.

A ação do frigorífico, porém, tem a maior queda acumulada dentro do Ibovespa, com perda de mais de 60%, em meio às preocupações com o endividamento da empresa.


Greve dos Bancarios ja atinge 8.000 agencias e ja somam 39,18% do total do país.

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Subiu para 7.865 o número de agências fechadas no quarto dia da greve nacional dos bancos públicos e privados, segundo balanço da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) divulgado nesta sexta-feira (30).

Com isso, 39,18% das 20.073 agências bancárias instaladas no país foram afetadas pela mobilização dos trabalhadores.

A paralisação atinge 25 estados e o Distrito Federal. O único estado sem greve continua sendo Roraima, porém os bancários já decidiram aderir ao movimento a partir da próxima segunda-feira (3).

O dia foi marcado por novas passeatas e manifestações dos bancários em conjunto com os trabalhadores dos Correios.

“A unidade dos bancários e dos trabalhadores dos Correios é uma resposta ao silêncio dos bancos e do governo.

O melhor caminho é o da negociação com proposta decente para que possa ser apresentada aos trabalhadores”, disse, em nota, Carlos Cordeiro, presidente da entidade.

Segundo a Contraf-CUT, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ainda não entrou em contato com a entidade, que coordena o Comando Nacional dos Bancários, para retomar as negociações.

“Enquanto os bancos não apresentarem uma proposta decente, a greve seguirá crescendo em todo o país.

Permanecemos à disposição para dialogar com o objetivo de construir um acordo que atenda às reivindicações da categoria.

A retomada das negociações depende dos bancos e do governo", sustenta Cordeiro.


Reivindicações

Os bancários entraram em greve por tempo indeterminado, após a quinta rodada de negociações com a Fenaban, ocorrida no dia 23. A proposta patronal contemplava reajuste de 8% sobre os salários, o que representa aumento real de 0,56%, segundo a Contraf. A reivindicação da categoria é de 12,8% de reajuste, sendo 5% de aumento real.

Os bancários pedem, ainda, valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, fim da rotatividade, melhoria do atendimento aos clientes, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Esta pagando suas contas adiantadas, saiba que você tem direito a descontos conforme a lei.

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Benefício vale tanto para pagamento integral como para parcial, segundo Procon-SP.

O consumidor que decidir antecipar o pagamento de parcelas do crediário ou financiamento tem direito ao abatimento proporcional dos juros, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor.

Apesar desse direito existir, muitas empresas e financiadoras não dão o desconto quando o consumidor decide quitar dívidas antes do prazo.

Fábio Godoi, técnico em eletrônica, financiou um carro e, quando recebeu o pagamento referente às férias, tentou conseguir um desconto para adiantar o pagamento, mas a empresa que financiou o bem não diminuiu o valor que ele teria que pagar.

Como não teria ganho com o pagamento do restante do débito de uma só vez, Godoi preferiu continuar a saldar as parcelas todo mês.

- Eu sabia que não era certo, mas preferi não ir atrás.

A especialista em direito do consumidor do Procon de São Paulo, Renata Reis, explica que toda vez que o consumidor antecipar uma parcela, ele tem direito a desconto proporcional dos juros.

Caso ele pague diversas ao mesmo tempo, o abatimento será maior a cada nova mensalidade.

Em situações como a de Fábio, ela aconselha o consumidor a procurar o SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) da empresa ou loja para exigir seu direito.

Se mesmo assim a empresa se recusar, o cliente deve pagar a conta e procura o Banco Central ou o Procon.

- Muita gente se recusa a pagar e nos procura, mas o melhor é quitar a parcela e depois buscar o seu direito.

O quanto antes pagar, mais cedo se provará que a empresa não deu desconto.

Segundo Renata, isso será usado como prova contra a estabelecimento. Para recorrer no órgão de defesa do consumidor, além do comprovante de pagamento da parcela adiantada, o cliente deve apresentar uma cópia do contrato e os recibos das demais prestações.


- Quando o caso é comunicado ao Procon, ele entrará em contato com a empresa por carta que terá dez dias para responder.

Depois do registro da reclamação, o prazo máximo para empresa e consumidor se entenderem é de 120 dias corridos.

A Justiça Federal determinou que a ANTT suspenda o leilão do trem bala no Brasil.

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A Justiça Federal determinou que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) suspenda todos os procedimentos administrativos para realizar o leilão do trem-bala, que vai fazer a ligação entre Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, até que seja regularizado o sistema de transporte rodoviário interestadual de passageiros em todo o país.


A ANTT informou que já tem conhecimento da decisão e que vai recorrer.

Enquanto isso, a agência disse que vai cumprir a determinação da Justiça e paralisou os preparativos para o leilão do trem-bala.

A decisão da Justiça Federal é de 13 de setembro e atendeu a um pedido do Ministério Público Federal no Distrito Federal.

Ela estabeleceu ainda multa diária de R$ 5 mil caso a ANTT atrase o cronograma da licitação do transporte rodoviário de passageiro.

O leilão de 1.967 linhas rodoviárias interestaduais do país - aquelas que cruzam estados e têm mais de 75 km de extensão - está previsto para acontecer em janeiro de 2012.

O novo modelo de concessão foi anunciado em agosto e deve ir a consulta pública em outubro.

As 1.967 linhas correspondem a 95% do total do país. Esta será a primeira vez que elas serão licitadas - as linhas sempre foram operadas em regime de permissão.

Um decreto de 1993 determinou o leilão dessas linhas e estabeleceu que as permissões deveriam expirar em 2008.

Mas como na época o governo ainda não tinha pronto o modelo de licitação, as empresas de ônibus passaram a atuar sob autorização especial.

O Ministério Público Federal alegou em seu pedido que a necessidade de licitação no setor está prevista na Constituição de 1988 e que a ANTT vem descumprindo sucessivamente cronogramas para regularizar o problema.


Trem-bala

O leilão da primeira etapa do trem-bala, que vai ligar as cidades de Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, está previsto para fevereiro.

Em julho, o governo decidiu mudar o modelo de concessão depois de ser obrigado a adiar pela terceira vez o leilão, agora por não haver empresa interessada no projeto.

Na época, a previsão da ANTT era que o edital do trem-bala fosse publicado até outubro e que as obras começassem em 2013, com prazo de seis anos para conclusão.

O novo modelo prevê duas concessões: na primeira, será contratada a empresa que vai fornecer a tecnologia e que vai operar o veículo (é esta que está prevista para fevereiro); na segunda, será contratada a infraestrutura do projeto.

O custo do projeto do trem de alta velocidade (TAV) está estimado em R$ 33,1 bilhões, sendo R$ 10 bilhões em trens e sistemas operacionais e o restante em obra civil.

Imposto de Renda 2012 - Comece a entender o novo modelo da declaração de seus impostos.

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O Imposto de Renda 2012 se for igual ao de 2011 deverá ser declarado por todos os brasileiros que ganham acima de R$ 1.500 mensais, quem ganha um valor menor que esse deverá fazer a declaração de isento no IR 2012.

A Tabela de Imposto de Renda 2012 pode ser igual a essa que vamos postar logo abaixo, porém você pode consultar a tabela de IR no site oficial da Receita Federal.

Com a tabela você pode calcular o valor que terá que pagar na hora de fazer a Declaração IR 2012, você deverá fazer o Download Programa IRPF 2012 no site oficial da Receita Federal.

Uma dica muito importante, é fazer a sua declaração do IR 2012 com antecedência para não ter os tradicionais problemas de última hora, pois brasileiro é assim mesmo, acaba deixando tudo para a última hora o que pode fazer o sobrecarregamento do servidor do site da Receita Federal, e causar transtornos na hora da declaração do IR.

Veja a Tabela de Imposto de Renda 2011 (Não é a Tabela IRPF 2012)

Cálculo mensal em R$ Alíquota % Parcela imposto em R$
Até 1.499,15 - -
De 1.499,16 até 2.246,75 7,5 112,43
De 2.246,76 até 2.995,70 15,0 280,94
De 2.995,71 até 3.743,19 22,5 505,62
Acima de 3.743,19 27,5 692,78

O Banco do Brasil e a Visa lançam cartão pré-pago de olho em mesadas e conveniência.

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O Banco do Brasil e a Visa anunciaram nesta quinta-feira (29) o lançamento de um cartão pré-pago.

O Ourocard Pré-Pago Visa permitirá cargas e recargas.

O BB colocou dois modelos à disposição dos clientes: o "Mesada", para quem dar aos filhos um meio de pagamento para pequenas despesas, e o "Conveniência", que poderá ser solicitado em nome de qualquer pessoa definida pelo correntista.

O BB estima vender 1 milhão de unidades no primeiro ano de atuação.

O cartão não terá anuidade nem preço de aquisição, segundo nota divulgada pelo BB.

O diretor de Cartões do BB, Raul Moreira, afirmou que o produto será uma ferramenta de inclusão financeira.

"É um produto inovador que chega como mais uma alternativa ao uso do dinheiro", disse o executivo.

"O segmento de pré-pago faz parte da estratégia de longo prazo da Visa e é uma de nossas prioridades", afirmou o diretor executivo de Produtos da Visa, Jose Maria Ayuso.

Conheça a evolução do pensamento econômico em uma dinâmica apresentação

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Quer aprender de modo dinâmico e envolvente como o pensamento econômico evoluiu (e regrediu) desde o ano 1.000 d.C até o surgimento da Escola Austríaca, bem como as principais vicissitudes por que passou a economia mundial durante esse período?

Pois veja essa incrível apresentação elaborada pelo presidente do IMB, Helio Beltrão, para a sua palestra proferida em Belo Horizonte, na ocasião do I Seminário de Escola Austríaca realizado na cidade.

Clique no link abaixo e, uma vez na página, leve o cursor do mouse até a opção "More" no canto inferior direito do quadro.

Clique na opção "Fullscreen" para melhor visualizar os detalhes.

Utilize o mouse para navegar pela tela, para aplicar o zoom e para passar os slides (botão play).

É extremamente fácil e cativante.

http://www.mises.org.br/FileUp.aspx?id=124


Guido Mantega e sua Gosplan! Até quando sera figura carimbada em nosso governo.

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Qualquer cidadão que utilize unicamente a mídia para se informar poderia jurar que a era das economias centralmente planejadas por burocratas é algo do passado, e que a simples ideia de planejamento central é algo já universalmente desacreditado.

Isso pode ser verdade para vários países do mundo, principalmente para os do Leste Europeu, que vivenciaram a plenitude desta magnífica ideia. Aqui no Brasil, no entanto, a lógica funciona de maneira peculiar.

Aliás, funciona de maneira inversa. Ideias que comprovadamente deram errado onde quer que foram aplicadas exercem um fascínio quase erótico sobre os burocratas que vivem na Candangolândia. Parodiando Roberto Campos, tais ideias são como as damas balzaquianas, de vida airada: rejuvenescem à medida que se esquecem as experiências passadas.

Em Brasília, trabalha-se em postura dinâmica e extenuante. Os burocratas têm duas preocupações que lhes atormentam continuamente, e eles passam seus dias fazendo a si próprios as duas seguintes perguntas:

1) O que vou inventar hoje para atrapalhar ainda mais a vida daqueles idiotas que me puseram aqui e que me sustentam?

2) O que devo fazer para mostrar aos lobistas que financiam minhas mordomias que sou muito ativo (e que os brasileiros são os passivos)?

Estou me referindo, obviamente, à mais recente e asinina ideia do governo: a elevação de 30 pontos porcentuais do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de automóveis e caminhões para as montadores que não cumprirem os seguintes requisitos:

1) Utilizar no mínimo 65% de conteúdo nacional ou regional (Mercosul);

2) investirem em pesquisa e desenvolvimento, e (acha que são só três requisitos?)

3) preencherem pelo menos 6 dentre outros 11 outros requisitos de investimentos.

E quais seriam alguns desses outros 11 requisitos?

De acordo com o inexaurível Guido Mantega -- cuja fisiologia, cor da tez e corte de cabelo cada vez mais se assemelham às de um apparatchik do terceiro escalão soviético da era Brejnev --, dentre estes outros requisitos há a exigência de que os veículos sejam montados e estampados no Brasil, bem como seus motores, embreagens e câmbio.

Ou seja: temos agora um burocrata determinando especificidades sobre como se deve fabricar carros no Brasil. Se isso não é um exemplo explícito de planejamento central, então o conceito deve ser urgentemente reinventado.

O mais incrível é ver um sujeito como Mantega, que não saberia gerir uma concessionária de Yugo na Mongólia, pontificando sobre questões automotivas, falando com pretensa desenvoltura e segurança sobre embreagens, motores e câmbio. Mais um pouquinho e ele começaria a determinar especificações para relações de marcha, diferencial, injeção eletrônica e comando de válvulas.

Após apresentar essa sua lista de exigências, que seriam consideradas retrógradas até mesmo pelo Goplan, nosso Nikolai Baibakov tranquilizou a todos, com seu sorriso triunfante: "Para as empresas que já preenchem esses requisitos, não muda nada." Muito fofo! Vai me dizer que, após essa impecável lógica de jardim de infância, você também não ficou com vontade de comprar pra ele um Chicabon?

E o intrépido prosseguiu: "É uma medida que garante a expansão dos investimentos no Brasil, o desenvolvimento tecnológico e a expansão da capacidade produtiva no Brasil".

Entendeu a lógica? Impedir que as montadoras possam escolher a origem e a qualidade das peças a serem colocadas em seus produtos -- algo que afeta diretamente suas planilhas de custos -- é uma medida que miraculosamente vai "garantir a expansão dos investimentos no Brasil, o desenvolvimento tecnológico e a expansão da capacidade produtiva no Brasil".

Realmente, empreendedores ficam ávidos para ampliar seus investimentos em uma economia em que é o governo, e não os consumidores, quem determina as peças que ele deve utilizar. Da mesma forma, o desenvolvimento tecnológico dá um salto olímpico quando se impede a concorrência.

É assim que um país prospera, como bem mostram os exemplos auspiciosos da Coréia do Norte, de Cuba, da Venezuela e do próprio Brasil na década de 1980, com nossos potentes computadores fabricados sob a vigência da Lei da Informática.

Faça o leitor um esforço mental para tentar raciocinar como Guido Mantega (mas faça isso só uma vez, para evitar danos irreversíveis). Qual a consequência lógica do cumprimento destes requisitos? Como eles funcionariam caso realmente fossem levados a sério? É simples. Quer vender uma BMW M3 no Brasil? Sem problema, mas troque a embreagem original por outra gentilmente fornecida pela indústria nacional.

É simples e seguro. Experimente essa embreagem do Gol, ficará ótima no seu carango! Não quer trocar a embreagem? Sem problemas, você tem liberdade. Basta então trocar o motor. Recomendo este 1.0 da Fiat. A sua BMW será uma parada!

Pode parecer uma piada sem graça, mas o que foi dito acima é exatamente o que ocorreria caso os requisitos do ministro fossem de fato levados a sério por algumas montadoras.

Logo, é claro que a intenção principal do governo não é realmente impor tais restrições às montadoras (não pode ser; não é possível tamanha ignorância, mesmo para os padrões do governo). O objetivo único é o velho e imortal protecionismo a favor das montadoras, só que apenas daquelas montadoras que são politicamente mais convenientes defender.

A novidade, no entanto, é que agora a medida vem travestida com uma novilíngua, um exemplo típico do duplipensar orwelliano. 'Protecionismo' agora tem um novo rótulo: protecionismo significa "garantir a expansão dos investimentos, do desenvolvimento tecnológico e da expansão da capacidade produtiva".

É realmente difícil saber o que é pior: a política protecionista em si ou o fato do governo nos tratar como exímios idiotas, achando que ao adotar novos eufemismos seremos mais passivamente ludibriados. Mas governo é isso mesmo: mentiras, desrespeito à nossa inteligência, deturpação da linguagem e, claro, confisco de riqueza em prol de seus protegidos (nesse caso específico, empresas cujos sindicatos são poderosos e que representam uma mina de votos).

Para se proteger os interesses e a renda desse oligopólio, a solução é blindá-lo de todo e qualquer tipo de concorrência estrangeira, seja de carros chineses e indianos, seja de carros alemães, japoneses, italianos e ingleses. Para que se submeter às exigências do mercado quando se pode simplesmente proibir os consumidores de exercerem livremente seus direitos?

Montadoras nacionais e seus sindicatos têm um direito natural a uma renda garantida, ao mesmo tempo em que oferecem produtos que, na mais benevolente das hipóteses, podem ser considerados apenas satisfatórios. Para que se estressar e se esforçar muito para agradar aos consumidores? Muito mais eficaz é apenas fechar os portos.

Nada de dar aos pobres a chance de comprar um Tata indiano ou um QQ chinês. Se pobre quiser andar de carro, que compre um Gol, um Uno ou um Palio. Nada de dar aos ricos o prazer de comprar facilmente um Maserati. Eles que se contentem com um Vectra. Se quiserem o Maserati, até pode. Mas vão ter de deixar uma contribuição para a caixinha do governo, pois há uma enormidade de funcionários públicos em greve querendo aumentos -- e essa é uma base eleitoral que não pode ser desapontada.

Assim, o governo resolve dois problemas de uma só vez. Agrada a base sindical e as montadoras, e ainda consegue uma grana extra pra tentar apaziguar os ânimos dos funcionários públicos. Consumidores que se estrepem. Afinal, eles estão aí é pra isso mesmo: sustentar a mordomia da patota.

A desculpa oficial é que o câmbio está sobrevalorizado e as importações aumentaram, sendo necessário barrá-las para proteger a indústria nacional. Em primeiro lugar, não existe isso de câmbio sobrevalorizado. É impossível um câmbio ficar sobrevalorizado em um regime de câmbio flexível. Câmbio sobrevalorizado só ocorre quando há um regime de paridade cambial, como quando um país adota uma âncora cambial.

Em segundo lugar, as pessoas estão preferindo importar simplesmente porque a inflação de preços no Brasil -- por obra e graça do próprio governo -- está assustando. Seres racionais não querem pagar por carros ruins cujos preços aumentaram a uma taxa maior do que a taxa de aumento da renda. Não é difícil de entender.

Em terceiro lugar, indústria que só se sustenta com protecionismo não merece existir. Na prática, comporta-se como uma estatal. E estatais devem ser vendidas e submetidas à concorrência do livre mercado.

Mas assim como milicianos de favela, o governo só deixa você comprar os produtos que ele autoriza. "Você tem toda a liberdade para comprar carros. Desde que sejam aqueles fabricados por nossos amigos."

E o pior é ver a imprensa tratando tudo isso como uma mera "política industrial". Em um país genuinamente livre, o termo 'política industrial' ficaria restrito exclusivamente ao Manifesto Comunista. Perguntar qual é a política industrial de um governo seria equivalente a perguntar qual é a política de distribuição de celulares, computadores e TVs. A política industrial de um país livre é aquela decidida exclusivamente pelo mercado.

E quem é esse tal mercado? Somos nós. Você, eu e todos os cidadãos. Nós é que decidimos, por meio de nossas decisões de comprar e de se abster de comprar, qual indústria sobrevive, qual deve ser extinta e qual deve trocar de gerência. Não é nada complicado. Se houver alguma política mais eficaz e mais ética do que essa, estou muito interessado em saber dessa revolucionária descoberta.

Até quando vamos tolerar esse Politburo nos dando ordens, ditando e especificando nosso estilo de vida? O senhor Mantega ainda não foi informado de que a parte oriental da Europa é muito mais próspera e rica hoje, com seus habitantes agora munidos de liberdade de escolha, do que era naquela época do muro protecionista cuja ausência -- ao que tudo indica -- lhe provoca tanta nostalgia?


Greve dos Correios causam transtornos a economia brasileira e seus consumidores.

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Após mais de seis horas de reunião com a diretoria dos Correios, os funcionários da estatal decidiram continuar a greve iniciada há duas semanas.

Enquanto o encontro para negociar o fim da paralisação começava na sede dos Correios, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou estar confiante que o fim do movimento chegaria ao fim ainda hoje.

Não foi o que ocorreu.

A nova proposta dos Correios garantiria um aumento real dos salários em R$ 80 a partir de janeiro e o pagamento imediato de um abono de R$ 500.

De acordo com Bernardo, a questão financeira já havia sido aceita pelos funcionários paralisados, mas o desconto dos dias não trabalhados ainda era o maior entrave na negociação.

Após intermediação por parte do Ministério Público do Trabalho, o governo ofereceu o parcelamento dos dias a serem descontados, mas os grevistas não aceitaram o corte do ponto.

"A proposta diz respeito ao desconto dos dias que já temos lançados, que são os seis primeiros.

Os demais dias poderiam ser compensados neste e no próximo fim de semana, por meio de mutirões para colocar o trabalho em dia", disse Bernardo.

Segundo o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, a estatal contabiliza 3,4 dias de atraso na entrega de encomendas, cujo fluxo poderia ser restabelecido com as horas extras desses dois fins de semana.

"Estamos negociando agora e a expectativa é de que a greve se encerre o quanto antes", disse Pinheiro ainda no começo da tarde.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Receita Federal prorroga prazo para dedução do Imposto sobre empregado doméstico.

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A Receita Federal decidiu prorrogar o prazo para que pessoas físicas deduzam no Imposto de Renda a contribuição paga à Previdência Social referente à remuneração do empregado doméstico.

A decisão foi publicada nesta quarta-feira (28) no "Diário Oficial da União".

A medida foi publicada com uma alteração na Instrução Normativa RFB nº 1.131.

O texto muda o artigo 50 da instrução.

Agora, a pessoa física que é empregador doméstico poderá deduzir do imposto apurado até o exercício de 2015, ano calendário de 2014, a contribuição patronal paga à Previdência Social incidente sobre o valor da remuneração do empregado.

Pela regra anterior, os valores pagos neste ano Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a título de contribuição patronal, poderiam ser abatidos no IR de 2012, que se refere ao ano-base 2011, e não nos próximos anos.

A medida foi tomada após a Câmara dos Deputados aprovar o benefício em julho deste ano.

Para poder fazer a dedução do empregado doméstico, o contribuinte deve optar pela declaração completa do IR. A alíquota, de 12%, não foi alterada.


Renúncia fiscal

Para 2011, a estimativa é de que o Fisco tivesse uma renúncia de cerca de R$ 500 milhões com a dedução da contribuição patronal do empregado doméstico - em recursos que deverâo ser restituídos aos contribuintes, ou abatidos no imposto a pagar.

De acordo com as regras do IR 2011, ano-base 2010, os empregadores poderiam deduzir até R$ 810,60 a título de contribuição patronal do Imposto de Renda dos empregados domésticos. Segundo a Receita Federal, esse valor corresponde à alíquota de 12% aplicada sobre o salário mínimo de R$ 510 do ano passado.

Caso o empregador pague mais de um salário mínimo, ele não pode abater todo o valor gasto com a contribuição patronal do INSS. Para a declaração do IR de 2012, que tem por base o ano de 2011 (o último do benefício), o limite de abatimento da contribuição patronal do INSS deve subir para cerca de R$ 850.


Menos INSS e abatimento integral no IR

O Ministério do Trabalho informou recentemente que vai apresentar à presidente da República, Dilma Rousseff, para instituir o Simples das Domésticas. Por este sistema, segundo a proposta do titular da pasta, Carlos Lupi, haveria redução da alíquota do INSS, que atualmente é de 20%, sendo 12% para os patrões e 8% para as empregadas, para 7% para o empregador e outros 7% para o empregado doméstico (14% ao todo).

Além disso, o ministro também quer a manutenção do abatimento da contribuição patronal do INSS do empregado doméstico, cuja alíquota seria reduzida para 7%, no Imposto de Renda (IR).

Ele propõe, entretanto, que o abatimento possa ser feito de forma integral, e não mais limitado ao valor do salário mínimo como ocorre atualmente. Sem a prorrogação, este benefício acaba neste ano, com abatimento no IR de 2012 - relativo ao ano-base 2011.

Lupi afirmou, porém, que a alíquota do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) terá de ser mantida em 8% sobre o total dos rendimentos do empregado. Segundo ele, essa alteração dependeria de uma emenda constitucional. Sobre as horas extras, o ministro afirmou que isso deve ser estabelecido por "livre negociação". "A maior dificuldade é para as diaristas, que vão ter que negociar com vários empregadores", declarou recentemente.


Aumento da formalização

O objetivo da medida é aumentar o índice de formalização do setor. Atualmente, de acordo com dados do Ministério do Trabalho, há no Brasil cerca de sete milhões de empregados domésticos, dos quais somente de 700 mil a 800 mil têm carteira assinada.

A proposta do Simples das Domésticas surgiu por conta da decisão da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que aprovou, em Genebra, uma nova convenção dando às trabalhadoras domésticas o mesmo direito dos demais trabalhadores, inclusive com o voto do Brasil.


Tire dúvidas sobre deduções com empregados domésticos no IR 2011


A consultoria Declare Certo IOB respondeu questões dos internautas do Economia Nacional e Mundial sobre dedução de gastos com empregados domésticos na restituição do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) de 2011.

Veja os principais temas:

1) Temos uma empregada doméstica, com recibos das mensalidades, porém sem carteira assinada. Podemos informar o pagamento feito a ela em 2010? Em caso afirmativo, onde informamos estes pagamentos? (Valdeúdes Nóbrega de Araújo)
Resposta:
Não é permitida a dedução desses valores, não havendo campo para a informação.


2) Tenho uma empregada doméstica, mas ela não está com carteira assinada. Posso abater no Imposto de Renda? (Júnior)
Resposta:
Não.


3) Pago o INSS da minha empregada integralmente, não descontando a parte dela do salário. Como faço para calcular a dedução, qual percentual é a minha parte? (Marcos Villela)
Resposta:
A parcela dedutível do imposto de renda corresponde a 12% do salário mínimo. O teto permitido para dedução relativo ao ano-calendário de 2010 é de R$ 810,60.


4) Tenho empregada doméstica registrada e efetuo regularmente o recolhimento do INSS. Como posso declarar no Imposto de Renda 2011? (Elmar Luís Maidl)
Resposta:
Informe o pagamento da Contribuição Patronal Previdenciária na ficha “Pagamentos e Doações” código 50.

Selecionamos orientações de economistas, astrólogos e psicólogos para dar dicas para cuidar do seu dinheiro na crise.

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Acertar nas decisões financeiras em época de turbulência econômica exige mais cuidado por parte do investidor.

O Economia Nacional e Mundial ouviu uma série de especialistas que serão palestrantes na Expomoney, evento sobre educação financeira e investimentos que começa nesta quinta-feira (29) e vai até sábado (01) em São Paulo.

E pedimos que cada um deles respondesse à pergunta: o que o pequeno investidor precisa saber para não perder dinheiro durante a crise? Confira as respostas.

Pedro Carrilho, autor português do livro 'Descubra o milionário que há em você'. (Foto: Divulgação)
O escritor português Pedro Queiroga Carrilho.
(Foto: Divulgação)

1) Pedro Carrilho, autor português do livro 'Descubra o milionário que há em você'

"As pessoas no Brasil devem buscar proteção financeira, que é a diversificação do dinheiro e procurar produtos que protejam seu dinheiro. Uma pessoa que tenha 10%, 20% do dinheiro em ações não se deve preocupar (com a volatilidade do mercado).

Proteção financeira em Portugal, que está em forte crise nesse momento, é quase tirar o dinheiro do país, para mercados que estão mais estáveis. Para o brasileiro é mais simples, é não se expor demasiado aos riscos do mercado neste momento, mas viver com calma o dia a dia porque há bom dinheiro para se ganhar, inclusive em ações. (...) Renda fixa e matérias-primas são boas opções para esperar passar a turbulência. Neste momento, quando há incerteza, deve-se ter três a seis meses de despesas mensais poupadas. Se você gasta R$ 2.500 com casa transporte e estudos, tem que ter R$ 7.500 em uma conta só para emergências, que dê para sacar de uma hora para outra".


2) Márcia Tolotti, psicanalista e autora do livro 'As armadilhas do consumo'


"É importante as pessoas encararem que este é um momento em que, no mínimo, eu tenho que me prevenir e ser moderno o suficiente para rever minhas escolhas quando a situação exige. Seria racionalmente importante que a gente pudesse rever e conter o hábito do consumo exacerbado, exagerado, o que é difícil das pessoas fazerem. Se eu preciso agora ter um compasso mais lento porque a economia está mais lenta, como vou querer impor o meu ritmo?

É como um voo livre: se está chovendo e ventando eu não tenho muito o que fazer diante disso. Agora no meu microcosmos eu tenho o que fazer: naquele dia, decido não voar. Diante da macroeconomia a gente não tem muito poder, mas dentro da minha conta bancária eu tenho. Hoje eu vou decidir não consumir aquilo que não seja estritamente necessário, de verdade. Eu tenho que saber que estou diante de uma turbulência. Deixa eu exercer a liberdade que me cabe".

Luiz Carlos Ewald. (Foto: Divulgação)
Luiz Carlos Ewald. (Foto: Divulgação)


3) Luiz Carlos Ewald, o 'Sr. Dinheiro', do 'Fantástico'

"É um momento em que a pessoa tem que parar para pensar. E principalmente não se endividar e nem deixar dívidas pendentes. Adiar compras e qualquer compra de compromisso. Tome muito cuidado que os imóveis estão muito caros.

Viver de aluguel é muito mais barato do que comprar. Se aluguel é jogar dinheiro fora, juro é muito mais dinheiro fora, porque é mais de duas vezes o valor do aluguel. O esforço para fazer sobrar dinheiro tem que ser maior. Tomar cuidado com compras por impulso, ver ofertas e pesquisar bastante".

Maurício Bernis, astrólogo e consultor empresarial. (Foto: Divulgação)
Maurício Bernis, astrólogo financeiro.


4) Maurício Bernis, astrólogo e consultor empresarial


"Do ponto de vista astrológico, existe uma configuração do céu que determina que até 2015 estejamos com uma instabilidade econômica forte. O pequeno investidor tem que navegar por mares seguros, investir em coisas de menor risco, tesouro direto, coisas com ganho menor.

Para as pessoas que têm perfil e traquejo para bolsa, o day trade (compra e venda de ações em um mesmo dia) é o lado positivo".

O consultor Gustavo Cerbasi. (Foto: Divulgação.)
O consultor Gustavo Cerbasi. (Foto: Divulgação.)

5) Gustavo Cerbasi, consultor e autor do livro 'Casais inteligentes enriquecem juntos'


"A melhor estratégia para lidar com a crise é a tradicional: pequena parcela (das economias) alocada no mercado de ações e predominando em renda fixa. Sempre uma postura consciente, bem informada. Por mais que queira manter 20% em renda variável, no momento em que se abre uma janela de oportunidade em renda variável, como um imóvel ou uma ação muito barata, é importante ter o dinheiro em renda fixa para poder aproveitar.

Quem tem alguma parcela em renda variável se sente incomodada e vai atrás de informação. Ter o dinheiro na bolsa é importante para que a pessoa se mantenha informada. E nesse caso jamais colocar todo o dinheiro da renda fixa na bolsa, mas uma parcela. A crise vai impactar o preço do pãozinho e dos importados, mas também vai trazer um bom cardápio de oportunidades para os investidores".


6) Leandro Martins, analista de investimentos

"Todo investidor que começa a investir na bolsa comete erros repetitivos, também na crise. Somos acostumados a usar o emocional nas operações financeiras, mas podemos reformular nosso cérebro com informação e aprender a usar o racional. Um erro comum é esperar o preço da ação ficar mais caro para comprar, e aí assim que a pessoa compra ela já começa a cair. Outro erro é, quando o preço da ação começa a cair, esperar o máximo de tempo e vender quando o prejuízo já está grande.

O certo é vender assim que ela começa a cair e já comprar outra com potencial de alta. Ter pressa para decidir e investir ou ter ganância e fazer operações arriscadas com mais dinheiro que você tem também é um risco. Comprar ou vender ações cada vez por um motivo ou dica diferente também é errado: a falta de metodologia de compra e venda é um grande erro. A falta de humildade, de achar que só porque acertou uma compra o mercado de ações já é fácil, também pode levar a muitas perdas".


7) Henrique Kleine, analista da corretora Magliano

"Mesmo em épocas de crise é possível comprar papéis no mercado de ações nos quais o investidor consiga ter algum tipo de rentabilidade ou não ter perdas muito grandes.

É importante analisar características da empresa: os múltiplos da companhia, preço em relação ao valor patrimonial da companhia, o retorno sobre patrimônio, que mostra a taxa de retorno da companhia. Buscar informações, relatórios de analistas em corretoras e bancos de investimentos de confiança.

Em época de crise global há empresas que são mais expostas e outras menos; selecionar empresas que não tenham tanta exposição ao risco externo, como empresas voltadas para o mercado interno, brasileiro. Dá para ganhar dinheiro mesmo em época de crise.

Há casos de ganhos consideráveis em alguns papéis de 2008 até hoje, como a Hering, que subiu cerca de 1.100%. Quem olha para índices como o Ibovespa, que é um composto de ações, pensa que a bolsa está ruim. Mas se você sai do índice e analisa papéis cuidadosamente, encontra rentabilidade".

Conheça e entenda o PIB do Brasil.

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As Contas Nacionais Trimestrais apresentam os valores correntes e os índices de volume para o PIB (Produto Interno Bruto) a preços de mercado, consumo do governo, formação bruta de capital fixo, valor adicionado a preços básicos, exportações e importações de bens e serviços, impostos sobre produtos, variação de estoques, consumo pessoal. Duas séries de números-índices são calculadas:
  1. Base no ano anterior e,
  2. A encadeada com referência em 2000 (1995 = 100), que é ajustada pelo X12-ARIMA possibilitando o cálculo das taxas de variação em relação ao trimestre imediatamente anterior.

A pesquisa no IBGE foi iniciada em 1988 e reestruturada a partir de 1998, quando os resultados foram integrados ao Sistema de Contas Nacionais, de periodicidade anual.

O PIB do Brasil é próximo de 2,5 trilhões de dólares (R$ 3, 674 964 trilhões), constituindo a sétima maior economia do mundo no ano 2010 segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), e o Banco Mundial.


Setor de atividade1º Trim 20101º Trim 2011
Agropecuária173,8179,3
Indústria127,1131,5
Extrativa mineral187,1194,7
Transformação117,6120,5
Construção civil130,5137,3
Prod. e distrib.de eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana149,4156,8
Serviços154,8161
Comércio144,9153
Transporte, armazenagem e correio148,5155,5
Serviços de informação245,5258
Interm. financ, seguros, prev. complem. e serviços relacionados180,1191,6
Outros serviços148,3153,6
Atividades imobiliárias e aluguéis158,2161,1
Adm., saúde e educação públicas145,1149,2
Valor adicionado a preços básicos147,7153,3
Impostos líquidos sobre produtos163,7174,4
PIB a preços de mercado150156,2
Despesa de consumo das familias154,8164
Despesa de consumo da administração pública136,5139,3
Formação bruta de capital fixo154,8168,5
Exportação de bens e serviços223,2232,8
Importação de bens e serviços (-)212,2239,9

Imagem e dados do IGBE

Funcionários dos Correios e bancários estão em greve e Procon pede que consumidores não fiquem parados.

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Funcionários dos Correios e bancários estão em greve sem data de término.

Sem banco e com correspondências demorando mais tempo para chegar, cabe ao consumidor procurar formas alternativas de pagar as contas.

Internet, caixa eletrônico, telefone, lotérica e até lojas e supermercados são opções.

O Procon-SP diz que não é recomendável ficar esperando as contas. A Fundação ProTeste diz que nenhum consumidor pode se valer da greve para simplesmente deixar de cumprir com suas obrigações.

Então, a saída é procurar lojas, bancos e outros credores para negociar o pagamento.

A greve da ECT (Empresa de Correios e Telégrafos) começou no dia 14 e, duas semanas depois, ainda não há previsão de término. Por dia, a empresa movimenta 35 milhões de correspondências e, nas últimas duas semanas, praticamente 35% de todas as cartas que deveriam ter sido entregues neste período continuam atrasadas.

Os trabalhadores pedem melhorias dos benefícios e aumento do piso salarial para a categoria, de cerca de R$ 800 para mais de R$ 1.600.

Já os bancários entraram em greve nesta terça-feira (27) em quase todo o país – somente os trabalhadores de Roraima ainda negociam com as empresas sem cruzar os braços.

A greve interrompeu as atividades em 4.191 agências, segundo balanço final da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro).

Somente na região metropolitana de São Paulo, estima-se que 21,1 mil trabalhadores tenham se juntado à paralisação, de acordo com o balanço parcial feito pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Apenas os serviços essenciais como compensação bancária de cheques e outras transferências estão garantidos. O atendimento telefônico também continua disponível.

Para driblar as paralisações e conseguir pagar contas, o cliente tem como primeira opção o site das instituições.

Quem tem dívidas para pagar e não possui cartão para uso em caixa eletrônico, as lotéricas, lojas e supermercados podem ajudar, já que são correspondentes bancários e aceitam a quitação de diversas contas.

As empresas que enviam as cobranças por correspondência postal são obrigadas a oferecer outra forma de pagamento que seja viável ao consumidor, seja ela um boleto pela internet, por fax, por depósito bancário, entre outras. As credoras devem, inclusive, divulgar amplamente as alternativas disponíveis.

A Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) diz que há 179 mil caixas eletrônicos espalhados pelo país e mais de 165 mil correspondentes. Para localizar agências de qualquer banco em qualquer cidade, a Febraban oferece serviço de busca em seu site www.febraban.org.br/buscabanco.

No caso das contas de tarifas públicas como água, telefone, e energia, a orientação é para que o cliente procure as empresas que fornecem esses serviços para negociar uma saída.

Além dos correspondentes, há o débito direto autorizado (que depois é liberado na conta-corrente pelo caixa eletrônico) e o débito automático que permitem o pagamento.

Se as contas estiverem atrasadas, o cálculo de taxas de multas é feito pelas próprias empresas e o valor extra vem na fatura do mês seguinte.

O cliente que precisar sacar dinheiro na boca do caixa deve entrar em contato por telefone com o banco e solicitar uma alternativa.

A ProTeste diz que a greve é um direito social garantido aos trabalhadores pela Constituição, mas as empresas nunca devem deixar de garantir aos consumidores a prestação dos serviços essenciais, como a compensação bancária de cheques e outras transferências.

Ainda entram nas categorias de serviços essenciais tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis; assistência médica e hospitalar; distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos; funerários; transporte coletivo; captação e tratamento de esgoto e lixo; telecomunicações; e controle de tráfego aéreo.

Os serviços de entregas de correspondências não estão incluídos nesta categoria.

Conheça o Custo do agravamento da crise internacional.

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O Banco Central pode dizer, como fez ontem o presidente Alexandre Tombini, que previu o agravamento da crise internacional.

Mas ele ainda não pode garantir que isso vai provocar “pressão deflacionista” na economia brasileira.

Na apresentação feita por Tombini no Senado um número chamou a atenção: a destruição de riqueza foi de quase US$ 10 trilhões no mundo.

Esse é o tamanho da desvalorização das ações listadas em bolsa nos últimos quatro meses. É mais do que dois terços do PIB americano.

Em qualquer medida é muito maior a perda que houve desde que a crise começou, em 2008.

O PIB dos Estados Unidos saiu de um crescimento médio de 2,6% entre 2000 e 2007 para uma média de -0,3% no período 2008-2010; a Zona do Euro foi de 2,2% para -0,7%.

Os emergentes perderam, mas bem menos: de 6,6% para 5,4%. O Brasil, apesar de emergente, ficou com crescimento menor do que o do seu grupo.

Impressionante é o custo social desta crise, que levou o desemprego de menos de 5% nos Estados Unidos para 11% e aos atuais 9%. Na Zona do Euro, o desemprego é hoje de 10%.

A crise elevou o endividamento de todos os países que Tombini definiu como “de economias maduras” e que alguns definem como “economias avançadas”. Hoje essa classificação fica estranha.

Na Zona do Euro há países como Grécia, Portugal, Eslovênia, Eslováquia, que não são exatamente maduras ou avançadas. Mas na falta de melhor nome, fica este.

O mais importante é que na apresentação de Tombini ele explicou que a dívida desses países continuará crescendo, com raras exceções, nos próximos anos.

Isso pelo efeito do déficit que os governos acumularam.

Essas economias estão prisioneiras de um círculo vicioso porque a alta da dívida aumenta o risco soberano, isso reduz o valor dos títulos emitidos pelos governos, e a baixa perspectiva de crescimento econômico eleva a relação dívida/PIB.

Essa percepção de risco elevada não afetou apenas as economias menores da Europa.

A falta de uma solução rápida para a crise está fazendo com que piore até a avaliação sobre as duas maiores economias da região, principalmente da França, que se descolou da Alemanha, como se pode ver no gráfico abaixo.

Como os bancos da Europa são os que carregam os títulos dos países da região, a percepção de risco dos bancos também subiu fortemente, principalmente dos italianos. Resultado: mais um círculo vicioso.

Com a desconfiança em alta, os empresários investem menos, os consumidores consomem menos. Nada disso é novo, tudo vem acontecendo desde 2008.

O que Tombini pôde dizer é que o agravamento recente da crise não o pegou de surpresa, porque a ata da última reunião veio repleta de alertas.

O que continua destoando é sua conclusão sobre a economia brasileira. Ele garante que tudo isso levará a inflação a cair, ficar dentro do intervalo de flutuação no fim do ano e convergir para o centro da meta no ano que vem.

Não há qualquer garantia disso. E o problema é que o Banco Central tem como principal tarefa no regime de metas de inflação garantir que as taxas ficam na meta.

Ele está apostando que a inflação cairá um pouco a cada mês até maio do ano que vem. Hoje, ela está em 7,3%. Cairia dois pontos percentuais nesse período.

Não considera que a alta do dólar — ainda que tenha parado — anulou o efeito da queda das commodities. Que alguns alimentos não cairão por problemas de safra.

Que o salário mínimo elevará custos de serviços e demanda.

De fato, o acumulado em 12 meses tem chance de cair a partir de outubro. Mas quanto ao ano que vem não há ainda qualquer garantia de que a queda continuará e será dessa dimensão.

Tombini garantiu aos senadores que apesar de toda a confusão do mundo está tudo dominado: hoje o BC tem R$ 186 bilhões a mais de compulsório do que em 2008, tem US$ 147 bilhões de reservas a mais, e tomou medidas que impediram o superendividamento das empresas.

Disse que o BC tomou medidas que moderaram o ritmo de crescimento do PIB de 7,8% em 12 meses, em janeiro, para 4,4%.

Tudo isso para explicar por que derrubou — e pelo visto continuará derrubando — os juros mesmo com a inflação acima do teto da meta.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Saiba como funciona a Bolsa de Valores e como aplicar em ações na Bovespa.

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O que são ações na Bolsa de Valores?

Uma ação é a menor parte do capital de uma empresa, é um pequeno pedaço dela. Uma pessoa que compra uma ação passa a ser uma pequena sócia da empresa.


Tipos de ação

Ordinária Nominativa (ON) - dá direito a voto em assembléia sobre definições da empresa.

Preferencial Nominativa (PN) - não dá direito a voto, mas preferência no recebimento de dividendos.

As empresas dividem seus lucros com os acionistas. Algumas fazem isso mensalmente, outras trimestralmente.

Os dividendos dados a quem tem ONs nem sempre são iguais aos dados a quem tem PNs.

Nesses casos, as preferenciais nominativas recebem valores maiores. Além disso, as PNs são vendidas e compradas com maior facilidade.

Porém, algumas empresas só disponibilizam ações ordinárias nominativas.


Como investir em ações?

As ações são negociadas nas Bolsas de Valores. No Brasil, a compra e venda de ações acontece na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

Essas negociações são feitas por meio das corretoras habilitas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A lista das corretoras credenciadas pode ser encontrada nos sites da CVM e da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), no item Corretoras.

Para começar a comprar e vender ações, é necessário fazer um cadastro na corretora (informando nome, profissão, endereço e entregando cópias de RG, CPF e comprovante de residência).

Assim, a corretora abre uma conta desse investidor na Bovespa. Cada instituição determina qual a quantia mínima para a abertura da conta.


As ações podem ser compradas de três maneiras:

1) Fundos de Investimento: um fundo funciona como um condomínio. Cada um dos seus investidores possui uma cota, que corresponde a uma porção do total de ações que o fundo tem.

Cada fundo tem seu próprio estatuto, que informa suas regras e o grau de risco de seus investimentos.

Todo fundo precisa ter um gestor certificado pela CVM, que coordena as compras e vendas de ações.

Assim, quando uma pessoa adere a um fundo, deve estar de acordo com sua política de investimento, especificada em seu estatuto.

2) Clubes de Investimento: os clubes têm um caráter menos formal que um fundo.

Um grupo de amigos ou familiares pode formar um clube, que pode ser aberto com no mínimo três pessoas e chegar até um limite de 150.

Diferentemente dos fundos, não precisam de um gestor certificado pela CVM, mas um representante que dê à corretora a ordem de compra ou venda de ações.

Nesse caso, há maior liberdade por parte das pessoas que compõem o clube sobre quanto e onde será investido.

3) Individualmente: nessa situação, a pessoa controla as ordens de compra e venda de suas ações.

Para escolher quais ações comprar, pode contar com os consultores da corretora, que irão tirar dúvidas e ajudar a identificar quais são os bons investimentos para aquele momento.

O investidor pode acompanhar sua conta, ter acesso aos custos de operação e comprar e vender ações pela Internet (com exceção dos fundos, onde quem compra e vende é o gestor).

O nome desse serviço é Home Broker e pode ser acessado pelo site de uma corretora que oferece este sistema. A lista dessas corretoras pode ser encontrada no site da Bovespa.

As ordens de compra e venda também podem ser dadas pelo investidor por telefone. Ou seja, o investidor liga para sua corretora e informa o que deseja fazer.

Sempre que se compram ou vendem ações, há um período de três dias úteis para que o dinheiro saia ou entre na conta que o investidor possui.

No caso dos fundos ou clubes, cada um tem um regulamento próprio que indica em quanto tempo o dinheiro poderá ser retirado após uma ordem ser efetuada.


Taxas

  • Taxa de operação - cobrada cada vez que é emitida uma ordem de compra ou venda
  • Taxa de custódia - cobrada mensalmente pela guarda das ações (a corretora pode escolher não cobra-lá nos meses em que o investidor comprou ou vendeu ações)
  • Taxa de corretagem - paga quando a ordem de compra e venda é feita por telefone. É calculada em relação ao valor da operação.
  • Taxa de emolumentos - paga à Bovespa e calculada em relação ao valor que envolve a compra ou venda de ações.
  • Taxa de administração - cobrada nos fundos e clubes, é calculada anualmente em relação ao valor aplicado no fundo e cobrada proporcionalmente ao período em que o investidor manteve operações. Se o investidor retirar o dinheiro em seis meses, pagará uma taxa proporcional ao período.
  • Taxa de performance - cobrada quando o fundo supera a rentabilidade esperada.

  • Com exceção da taxa de emolumentos, cobrada pela Bovespa, o valor das outras taxas varia de acordo com a corretora. Por isso, antes de escolher uma corretora, é importante pesquisar.


    Qual o valor mínimo para investir em ações?

    Não há valores mínimos para se investir em ações, eles variam de acordo com a corretora e o preço das ações que serão compradas. Para quem investe valores pequenos, como R$ 1.000, optar por um fundo ou clube pode ser uma maneira de aumentar o total investido.

    Porém, quando a quantidade de ações compradas por meio de um fundo for a mesma que a pessoa pode comprar investindo sozinha, torna-se vantajoso comprar diretamente. A vantagem de investir individualmente é que neste caso não se paga a taxa de administração.


    Riscos

    A compra de ações é considerada um investimento de alto risco. Por causa das variações nos preços das ações, não há garantia de retorno do que foi investido.

    Essas altas e baixas podem acontecer, por exemplo, devido a alterações no setor de atuação da empresa. Esse é o chamado risco de mercado.

    O que também pode acontecer é o risco de liquidez. O problema aí é não conseguir vender uma ação que tenha sido comprada. Por isso, o ideal é não investir em ações valores que sejam necessários em curto prazo.


    Dúvidas e sites úteis

    Mais informações sobre investimentos podem ser tiradas no site da CVM e no portal do investidor.

    Dúvidas também podem ser tiradas pela central de atendimento da CVM, que funciona de segunda a sexta-feira, exceto feriados nacionais, das 8h às 20 h, pelo telefone 0800-7260802.

    A Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) também oferece, por meio do portal "Como investir?", informações sobre fundos de investimentos e ações.


    Fontes:
    Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid)
    Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
    Corretora Ágora
    Faculdade de Engenharia Industrial (FEI)
    Pontíficia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)
    XP Investimentos

    Esta com nome Negativado, saiba como liberar seu nome do SPC/Serasa.

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    Mostraremos um guia completo para que você conheça todos seus direitos e como Regularizar de todas as Pendências.

    Quando alguém tem uma dívida com uma empresa (credora), esta pode informar a Serasa ou o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) sobre a pendência.

    Mas antes de ficar com o "nome sujo", o cliente recebe uma carta da empresa informando que, por causa da dívida, seu nome poderá entrar para a lista de inadimplentes.

    Assim que recebem a solicitação da empresa, a Serasa ou o SPC enviam uma correspondência para essa pessoa, informando que seu nome foi incluído no cadastro.

    Segundo o Procon-SP, as empresas podem pedir que nessa carta a Serasa ou o SPC dêem um prazo para que seja paga a dívida. Mas elas não são obrigadas a fazer isso, pois a dívida já está vencida.

    Se a data de vencimento é no dia 10, no dia 11 a empresa já poderia solicitar a inclusão do nome do devedor no cadastro da Serasa ou do SPC, diz o Procon.

    Depois que o consumidor regulariza sua situação, a empresa credora tem cinco dias úteis para informar a Serasa ou o SPC (ou as duas entidades se for esse o caso), que retiram o nome da lista.

    Isso é válido mesmo para os casos em que a pessoa renegocia a dívida para pagá-la de forma parcelada.

    Consulta à Serasa ou ao SPC

    Quando o cliente quer saber se seu nome está na lista da Serasa ou do SPC, deve fazer isso pessoalmente. Os documentos necessários são CPF, RG ou carteira profissional.

    Para que outra pessoa consulte, deve ser feita uma procuração com firma reconhecida. Na procuração o consumidor deve colocar seu nome e escrever: "Outorgo poderes para que... (nome de quem irá fazer a consulta) analise meu cadastro".

    O documento deve ser assinado e levado a um cartório para reconhecimento de firma.

    SPC

    O SPC é um serviço prestado pelas Associações Comerciais ou Câmaras de Dirigentes Lojistas dos municípios. Por isso, para consultar o SPC de sua localidade, é necessário localizar uma dessas entidades.

    Serasa

    Para descobrir endereços da Serasa, horários de funcionamento ou tirar outras dúvidas (exceto consulta) deve-se ligar para (0/xx/11) 3373-7272. Esse serviço funciona todos os dias da semana, inclusive feriados, 24 horas.

    No site da Serasa, é possível se informar sobre como proceder para acertar sua situação quanto a dívidas.

    Situações que podem deixar o "nome sujo"

  • Cheques sem Fundo

  • O consumidor entra para o Cadastro de Emitentes de Cheque sem Fundo (CCF) se tiver o mesmo cheque devolvido duas vezes pelo banco. Depois da segunda devolução, o banco pede ao Banco Central a inclusão do nome no CCF.

    O primeiro passo nesse caso é procurar a pessoa ou a empresa para quem foi passado o cheque e pagar a dívida.

    Feito isso, junto com o credor ou a empresa, deve ser preparado um recibo do pagamento. Ele é a garantia de que a dívida foi paga.

    No documento, deve constar a data em que foi feito o pagamento, seu valor, número do cheque, nome, RG, CPF e assinatura do credor.

    Com o cheque e o recibo em mãos, o cliente também deve ir até seu banco e pagar as taxas pendentes com a instituição (os bancos podem cobrar tarifas pela devolução de cada cheque, pela inclusão e exclusão do CCF).

    Mais uma vez, deve-se exigir um recibo do banco pelo pagamento. Feito isso, há um prazo de cinco dias úteis para que o banco peça à Serasa ou ao SPC que o nome seja retirado do cadastro.

    No site do Banco Central, é possível consultar as taxas praticadas pelos bancos para incluir e excluir as pessoas do CCF.

    No site do Sistema de Divulgação de Tarifas de Serviços Financeiros (Star), da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), também podem ser consultadas essas taxas.


  • Carnê de loja atrasado

  • Após pagar ou renegociar a dívida com a loja, a empresa tem cinco dias úteis para solicitar ao SPC ou à Serasa que tire o nome da pessoa da lista de inadimplentes. É importante exigir um recibo de que a dívida foi acertada.

    Na renegociação com a loja, é cobrada uma multa de 2% em relação ao total da dívida e juros de 1% por mês de atraso.


  • Cartão de crédito

  • Depois de paga ou renegociada a dívida, a instituição financeira tem cinco dias úteis para notificar o SPC ou a Serasa para retirar o nome da pessoa da lista de inadimplentes.

    Também é importante obter um recibo para provar que a dívida foi paga.

    Na renegociação, as instituições financeiras cobram multa de 2% em relação ao total da dívida e juros ao mês que não precisam respeitar um limite.

    Mesmo assim, se o cliente considerar que a taxa cobrada está sendo abusiva deve procurar o Procon para orientação, informa o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).


  • Empréstimo de financeira

  • Feito o pagamento ou acertada uma renegociação da dívida, a instituição financeira tem cinco dias úteis para informar o SPC ou a Serasa, de modo a tirar o nome da pessoa da lista de inadimplentes.

    É importante exigir um recibo de que a dívida foi acertada.

    Na renegociação, as instituições financeiras cobram multa de 2% em relação ao total da dívida e juros ao mês que não precisam respeitar um limite.

    Quando o consumidor tiver qualquer dúvida sobre a cobrança ou sentir que ela é abusiva, deve procurar o Procon.


  • Título protestado

  • Os cheques e as notas promissórias (documento que tem aparência de cheque, mas não é de banco, firmado entre devedor e credor) são títulos que podem ser protestados.

    Nesse caso, quando recebe o protesto, o cartório envia uma carta para a pessoa, informando que ela tem 48 horas para regularizar sua dívida.

    Se o consumidor não paga, o cartório pode solicitar à Serasa ou ao SPC que inclua seu nome no cadastro de inadimplentes.

    O primeiro passo nesse caso é ir até o cartório para consultar quem registrou o protesto. Depois, deve-se procurar a pessoa (credor) ou a empresa que está com o cheque ou a nota promissória e pagar a dívida com ela.

    Feito isso, junto com o credor, deve ser preparado um recibo do pagamento. Ele é a garantia de que a dívida foi paga. Nele deve constar a data em que foi paga a dívida, seu valor, o número do cheque (se for o caso), nome, RG, CPF e assinatura do credor.

    Com o recibo e o cheque ou a nota promissória em mãos, o consumidor deve ir até o cartório e pagar uma taxa (que é proporcional a sua dívida) para retirar o protesto.

    O cartório tem cinco dias úteis para informar o SPC ou a Serasa, pedindo a retirada do nome da lista de inadimplentes.


  • Ação judicial

  • Neste caso, a pessoa (credor) ou a empresa que tem direito a receber entra na Justiça para cobrar a dívida. O devedor é notificado por correio ou oficial de Justiça sobre a ação.

    Para suspender o processo, o devedor deve procurar o credor ou a empresa para renegociar o pagamento da dívida.

    Nesse caso, é necessário contratar um advogado para elaborar um documento em que o credor confirma que a dívida foi paga ou renegociada. Dessa forma, o processo pode ser suspenso.

    Mesmo assim, o nome não sai do cadastro do SPC ou da Serasa enquanto o prazo que o credor tem para cobrar a dívida não termina (cada dívida tem um prazo, especificado por lei, para ser cobrada).

    Se o prazo para cobrança da dívida for de quatro anos, mesmo suspendido o processo, o nome continuará "sujo" por esse período.

    Dívida vencida

    Quando o nome de um devedor entra no cadastro do SPC ou da Serasa, após cinco anos, o nome sai automaticamente da lista. Se isso não acontecer, a pessoa pode reclamar no Procon.

    Dúvidas

    No site do Ministério da Justiça há uma lista com a sede dos Procons em cada Estado.

    Defesa do consumidor

    Veja mais informações sobre dívidas
    Envie sua dúvida

    Fontes

    Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor)
    Procon-SP (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor - São Paulo)
    Serasa
    Serviço de Proteção ao Crédito da Associação Comercial do Estado de São Paulo (ACSP)


    Consulta a créditos da NF paulista segue pelo segundo dia fora do ar.

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    A Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo liberou, nesta segunda-feira (26), a consulta aos créditos da Nota Fiscal Paulista referentes às compras realizadas pelos consumidores no primeiro semestre de 2011. Porém, o acesso ao serviço segue fora do ar pelo segundo dia.

    Ontem, a assessoria de imprensa da Secretaria informou que "o alto volume de acessos ao site pode ter causado uma lentidão".

    Ainda não há nenhuma previsão para o serviço de consulta à Nota Fiscal Paulista voltar a funcionar.

    Resgate de créditos

    A partir de 1º de outubro os consumidores poderão transferir os créditos para a conta corrente ou poupança ou reservá-los para abatimento do IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores).

    Esta será a oitava liberação desde o início do programa. Até agora já foram liberados R$ 4,6 bilhões aos mais de 11,9 milhões de consumidores, condomínios, empresas do Simples Nacional e entidades de assistência sociais.

    Do total de créditos, R$ 523,8 milhões são dos 34 sorteios de prêmios realizados, enquanto R$ 4,1 bilhões foram liberados em créditos.

    Como fazer?

    Para fazer a transferência dos créditos, os consumidores devem acessar a página da Nota Fiscal Paulista e acionar a opção “utilizar créditos” e seguir as instruções.

    A transferência só é possível quando os créditos atingirem um valor mínimo de R$ 25.

    As pessoas físicas podem fazer a transferência para suas contas ou esperar até outubro para fazer o abatimento do IPVA.

    Já as pessoas jurídicas não podem utilizar os valores para desconto do imposto.

    É importante ressaltar que os consumidores com créditos acumulados, mas com pendências de IPVA e ICMS com o estado, estão impedidos de resgatá-los até que os débitos sejam quitados.

    Após a transferência, os créditos serão depositados em até dez dias na conta indicada.

    De acordo com a Secretaria, as transferências diretas para as instituições assistenciais estão suspensas, mas os consumidores podem doar os créditos repassando o valor liberado para sua própria conta corrente e, depois, transferindo via sistema bancário para a instituição escolhida.

    Também é possível doar os cupons sem o número do CPF e CNPJ às entidades cadastradas no sistema.

    A Nota Fiscal Paulista

    Por meio do programa, até 30% do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) é devolvido aos consumidores. Ao todo, 10,8 milhões estão cadastrados no programa e 12,8 bilhões de documentos fiscais foram registrados no sistema desde a criação da Nota.

    Além dos créditos, todos os meses são realizados sorteios de prêmios que totalizam R$ 17 milhões.

    A greve dos bancários não pode prejudicar o consumidor. Economia Nacional e Mundial orienta a seus direitos.

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    A greve dos bancários não pode prejudicar o consumidor.

    Especialistas entrevistados aqui no Economia Nacional e Mundial orientam, no entanto, que ele deve fazer a sua parte, buscando canais alternativos para quitar as dívidas.

    Os bancários entraram em greve nacional por tempo indeterminado. Eles pedem um aumento real de 5% nos salários; os bancos propuseram 8% de reajuste, sendo 0,56% de aumento real.

    Os especialistas dizem que é importante se prevenir de eventuais cobranças de multas por atraso, guardando provas da tentativa de pagamento da conta.

    Segundo o advogado especializado em direito bancário Alexandre Berthe, quem for cobrado pode recorrer ao Procon ou ao Juizado Especial Cível.

    Confira abaixo as orientações dos especialistas

    1) Canais alternativos

    Quem precisar pagar uma conta e encontrar a agência fechada deve tentar fazer o pagamento por outros canais, como caixa eletrônico, internet, telefone e correspondentes bancários (além das lotéricas, alguns hipermercados oferecem o serviço);

    2) Negociação com o fornecedor

    O pagamento de mensalidades pode ser negociado diretamente com escolas ou operadoras de planos de saúde, por exemplo. O consumidor deve pedir uma prorrogação do prazo de vencimento ou outra forma de pagamento, como débito na conta. As empresas são obrigadas a oferecer outras opções;

    3) Multas

    O Idec informa que, como a greve não é uma situação gerada pelo consumidor, o atraso no pagamento não deve gerar penalidades para ele. Caso o pagamento não seja possível, a dívida não poderá ser cobrada com juros ou multa;

    4) Provas

    É interessante manter alguma prova da tentativa de pagamento, como uma foto tirada do celular mostrando que a agência estava fechada, para evitar a cobrança de multas ou juros. As próprias notícias publicadas pela imprensa informando sobre a greve podem servir como prova;

    5) Protocolo de atendimento

    O consumidor que entrou em contato com a empresa pedindo uma alternativa para pagamento deve anotar o dia e a hora desse contato, além de pedir o número de protocolo de atendimento. Essa é outra maneira de se evitar cobranças futuras, sugere o advogado do Idec Flávio Siqueira Júnior;

    6) Procon e Juizados

    Se o consumidor tentou pagar a conta, não conseguiu e ainda assim foi cobrado de multa ou juros pelo atraso, ele deve fazer o pagamento, para não ter o nome incluído em cadastros de proteção ao crédito. Depois, deverá registrar queixa no Procon ou nos Juizados Especiais Cíveis;

    7) Financiamento imobiliário

    A greve pode gerar atraso na análise e na aprovação de financiamentos de imóveis, e algumas certidões que o consumidor obteve em cartório e levou ao banco poderão vencer nesse período.

    Mas, segundo o advogado Alexandre Berthe, o banco é que terá de assumir a despesa, caso seja necessário tirar novas certidões;

    8) Cuidado com a segurança

    O consumidor que não tem o hábito de usar caixa eletrônico e quiser pagar alguma conta não deve pedir ajuda a estranhos. Como não haverá funcionário da agência para prestar ajuda, ele deve levar alguém para ajudar, se necessário.

    “Aumenta muito a quantidade de golpes nos períodos de greve”, diz o advogado Alexandre Berthe.

    A Vale Fertilizantes quer ser a quinta maior produtora de potássio do mundo até 2020.

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    A Vale Fertilizantes quer ser a quinta maior produtora de potássio do mundo até 2020 e, para isso, está investindo US$ 15 bilhões.

    A afirmação foi feita hoje pelo diretor executivo de Fertilizantes da Vale, Mário Alves Barbosa Neto, que reiterou o foco da empresa na área de fertilizantes.

    Presente no 14º Congresso Brasileiro de Mineração, que acontece em Belo Horizonte até quinta-feira, o executivo afirmou ainda que o acordo com a Petrobrás no segmento “deve sair no curto prazo”.

    A Vale e a Petrobras estão discutindo um acordo para explorar uma mina de carnalita – minério do qual se extrai o cloreto de potássio.

    Está em discussão, como antecipamos aqui no Economia Nacional e Mundial, o arrendamento ou cessão à Vale de uma jazida que a Petrobras tem em Maruim (SE), o que destravaria um megaprojeto da mineradora para a produção anual de até 2,4 milhões de toneladas de potássio.

    O empreendimento é estimado em US$ 4 bilhões, com início da operação em 2015, e prevê também uma unidade química de processamento de adubos.