sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou em forte queda nesta sexta-feira, com perspectivas negativas em relação à zona do euro.

Botão compacto
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou em forte queda nesta sexta-feira, com perspectivas negativas em relação à zona do euro depois que as notas das dívidas soberanas da Itália e da Espanha foram rebaixadas.

Notícias positivas em relação ao mercado de trabalho americano não sustentaram uma alta dos mercados.

As Bolsas dos Estados Unidos também apresentam retração.

O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, recuou 2,00% no fechamento, aos 51.243 pontos.

O giro financeiro foi de R$ 5,518 bilhões. Na semana, a queda foi de 2,07%.

O dólar comercial foi negociado por R$ 1,771, em queda de 0,83%, a menor cotação nas últimas três semanas e a quarta retração seguida. Na semana, o recuo foi de 5,9%.

Para turistas e viajantes, o dólar foi vendido por R$ 1,90, estável em relação ao valor anterior, e comprado por R$ 1,710 nas casas de câmbio paulistas.

Para Glauber Romano, analista da Intercam Corretora, apesar da queda de hoje ainda não é possível definir uma tendência para a moeda americana.

"O dólar ainda está muito volátil e não há como prever o comportamento dele".

As Bolsas europeias encerraram os negócios tendo ganhos de 0,22% (Londres), 0,65% (Paris) e 0,53% (Frankfurt). Esses mercados não foram influenciados pelo rebaixamento da Espanha e Itália porque já tinha fechado os pregões quando foi feita a divulgação.

Nos EUA, a Bolsa de Nova York recuou 0,18%.

"Os mercados europeus devem reagir à notícia do rebaixamento, com retração, na segunda-feira", afirma Mitsuko Kaduoka, analista da Indusval Corretora.

"Além disso, há a perspectiva de mais notícias negativas em relação à Grécia, o que deverá afetar o mercado em geral", explica.

O ministro de Finanças grego, Vangelis Venizelos, reconheceu ontem (06), em reunião com os membros do ministério, que a Grécia está "no fio da navalha".

O ministro confirmou que "agora está sobre a mesa a conversa sobre a ampliação de como tramitar a dívida soberana dos sócios europeus" e acrescentou que "ou o país quebrará ou se levantará".


REBAIXAMENTO

A agência de classificação de risco Fitch rebaixou a nota da dívida da Itália, de AA- para A+, com perspectiva negativa.

É a terceira agência que reduz a nota do país -- a Moody's já tinha feito a alteração nesta semana e a Standard and Poor's em 19 de setembro.

O motivo do rebaixamento foi um impacto significativo da crise do euro, que debilitou o perfil do risco soberano do país.

Já a nota da Espanha caiu de AA+ para AA-. A agência informou que deixou a classificação espanhola em perspectiva negativa, o que pode acarretar novos rebaixamentos, por temores relativos à intensificação da crise na zona do euro.

A agência Moody's também advertiu hoje sobre um possível rebaixamento da nota da Bélgica.


EMPREGO NOS EUA

O Departamento de Trabalho do país informou a criação de 103 mil postos no mês, bem acima dos 60 mil projetados pelos economistas.

A taxa de desemprego, no entanto, ficou estável em 9,1%.

Além disso, revisões apontam a criação de 99 mil empregos a mais do que o estimado inicialmente para julho e agosto.

No front doméstico, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou hoje que o IPCA (Índice Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial, subiu 7,31% em 12 meses, maior índice desde 2005 (8,05%).

Mais uma vez, o índice ficou acima do teto da meta do governo --de 6,5% para 2011.

Em setembro, a alta foi de 0,53%, ante os 0,37% de agosto.

A alta de 0,16 ponto percentual eleva o indicador para 4,97% no acumulado do ano -- taxa bem acima da taxa de 3,60% relativa a igual período de 2010.

Nenhum comentário:

Postar um comentário