quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Manifestação "Stop the machine" (Parem as máquinas) reuniu mais de 5.000 pessoas em protesto de anti-Wall Street.

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Os protestos contra o poder empresarial nos Estados Unidos se estenderam também à cidade de Washington nesta quinta-feira, com centenas de pessoas ocupando o Freedom Plaza (Praça da Liberdade) para pedir reformas progressistas.

A manifestação "Stop the machine" (Parem as máquinas) reuniu mais de 5.000 pessoas, assim como o apoio dos sindicatos.

"Os pobres já não tem mais paciência", disse uma das pessoas que tomou a palavra, Ben Manski, um ativista do Partido Verde de Wisconsin.

Na quarta-feira, milhares de manifestantes anti-Wall Street marcharam em Nova York pela primeira vez apoiados por sindicatos, o que ampliou o protesto contra o corporativismo e a cobiça do mundo das finanças nos Estados Unidos, que já ocorre há mais de duas semanas.

Mais de 5.000 pessoas segundo fontes policiais, e até 12.000 segundo os sindicatos, reuniram-se em Foley Square, no sul de Manhattan e em meio aos edifícios governamentais de Nova York, onde realizaram um ato político antes de iniciar o protesto.

A manifestação, que obrigou a mobilização de um importante dispositivo policial, terminou com uma verdadeira festa em Liberty Plaza, perto da Bolsa de Nova York e onde os "anti-Wall Street" instalaram seu acampamento em 17 de setembro.

"Somos os indignados de Nova York, os indignados dos Estados Unidos, os indignados do mundo", disse um dos oradores, Héctor Figueroa, secretário do sindicato de funcionários do setor de serviços, ao resumir o sentimento dos manifestantes.

Com efeito, o protesto, que se encaminha para completar três semanas no próximo sábado, parece com a revolta dos "indignados" na Espanha e está se ampliando também para outras cidades dos Estados Unidos, como Boston, Chicago e Los Angeles.

Centenas de manifestantes do movimento "Occupy Wall Street" (ou "Ocupem Wall Street") seguem acampados num parque próximo ao maior centro financeiro dos EUA, nesta quinta-feira.

O protesto, que vem ganhando volume nas últimas duas semanas, não é comandado por lideranças políticas ou sindicais, nem tem agenda específica de reivindicações – mas une-se ao redor de temas como a rejeição à ajuda governamental a bancos e corporações.

No fim de semana, as manifestações se espalharão para outras cidades dos EUA e cerca de 700 pessoas foram presas por bloquear o tráfego na ponte do Brooklin.

O protesto, iniciado em Zuccotti Park (NY), em 17 de setembro, ganhou diversas cidades americanas no domingo. Mais de uma centena de pessoas está acampada nas escadarias da prefeitura de Los Angeles, Califórnia.

Manifestações brotaram em cidades como Raleigh (Carolina do Norte) e Albuquerque (Novo México), onde na sexta-feira houve um ato com cerca de 500 pessoas.

Em Chicago, mais de cem pessoas se reuniram em frente ao edifício do Federal Reserve (Fed, banco central americano), no fim de semana, para protestar.

Uma demanda comum que os organizadores dos protestos apresentam em suas convocações, especialmente na internet, é que "se escute a voz de 99% do país, e não a de 1% que continua enriquecendo".



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