sábado, 1 de outubro de 2011

Dia das crianças não deve ser influenciado pela alta do dólar.

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LinkNas semanas que antecedem o Dia das Crianças, consumidores correm para as lojas para garantirem os presentes.
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Apesar da alta do dólar ser uma das dúvidas dos consumidores em relação aos preços dos brinquedos, eletroeletrônicos e telefonia, custos com presentes não devem aumentar nos próximos dias.

De acordo com a assessora econômica da Fecomercio (Federação do Comércio do estado de São Paulo), Julia Ximenes, os brinquedos podem sofrer impacto da alta do dólar, mas não será para o Dia das Crianças, apesar de 60% do mercado de brinquedos ser importado.

Segundo o economista da FGV (Fundação Getúlio Vargas), André Braz, a alta do dólar aconteceu em um período em que os empresários já estavam preparados para a data.

“O comércio já estava preparado para a data, pois as encomendas já tinham sido feitas. Itens como celular e videogame não devem apresentar aumento”, explica.

Julia explica que o consumidor não deve sentir aumento nos preços em outubro, por conta do aumento do II (Imposto sobre Importação) para brinquedos importados.

Segundo ela, o imposto passou de 20% para 35%, e foi utilizado para fortalecer o mercado nacional.

Desde abril, o preço dos brinquedos importados sofreu altas sucessivas, passando por um realinhamento de preços nos meses de julho e agosto, uma preparação para o Dia das Crianças.

No quarto mês do ano, o brasileiro encontrou os brinquedos 0,80% mais caros, no mês seguinte, a alta foi de 0,35%, seguido por junho, com elevação de 1,03%.

Em julho, quando começou o realinhamento de preço, o consumidor encontrou os brinquedos importados com preço 0,25% menor e, no mês passado, a queda foi de 0,44%.

“Esse cenário mostra que os preços não devem ser reajustados no mês de outubro”, completa Julia.


Outros presentes

Os eletroeletrônicos e telefonia também são opções de presentes para o Dia das Crianças, porém, como parte dos insumos são importados, o consumidor também ficará receoso quanto aos preços.

Neste caso, Julia afirma que pode haver uma recomposição de preço, pois o setor tem apresentado baixas desde 2005.

Mesmo com um possível aumento de preços, não será preocupante. “Até recuperar as baixas, os preços não devem subir de forma cavalar, mesmo com uma pressão mais forte no dólar”, explica.

Em 2005, o setor apresentou queda de 15%; no ano seguinte, a baixa foi de 16%.

Em 2007 e 2008, as quedas foram aproximadas, sendo 12% e 10%, respectivamente. Já em 2009, a queda foi de 4,5% e, no ano seguinte, voltou aos patamares apresentados nos anos anteriores, com queda de 11,05%. Neste ano, a baixa acumulada é de 5,41%.

“Mesmo com esse cenário, não dá para repassar tudo para o consumidor, senão ele não compra. Como não são bens essenciais, o consumidor espera para comprar quando estiver mais barato”, finaliza.

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