domingo, 2 de outubro de 2011

Sr. Dinheiro do fantastico dá dicas de economia doméstica no Economia Nacional e Mundial.

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O dinheiro é uma das principais causas de divórcio, lembra o economista Luís Carlos Ewald, o Sr. Dinheiro.

Administrar bem as finanças não faz bem apenas para o bolso, mas para o casamento também.

Com isso em mente, o Sr. Dinheiro deu dicas de economia doméstica em um bate-papo com os internautas do Economia Nacional e Mundial , seguindo os passos da TV em que ele ajuda casais a sair do vermelho.

Ele contou que o ideal é cada cônjuge arcar com as despesas da casa de maneira proporcional ao salário de cada um e avisou que o celular é o maior vilão do orçamento doméstico.

Confira abaixo trechos da entrevista.


O que é melhor: conta conjunta ou separada?

“Acho que a melhor maneira é fazer um levantamento das despesas comuns ao casal, como aluguel, condomínio, manutenção do imóvel, despesas com filhos e com o carro da família.

Então, o ideal é somar tudo e fazer um depósito proporcional às receitas.

Por exemplo, se o marido ganha R$ 6 mil e a mulher R$ 4 mil, 60% das despesas são pagas pelo marido e 40% pela esposa. Não há como ter briga. Isso é muito justo”, aconselha.


Qual é o grande vilão do orçamento doméstico?

“Atualmente é o celular. O celular disputa com as tarifas bancárias, com os juros do cheque especial e com o rotativo do cartão de crédito nos casais mais descontrolados.

Não se pode ficar devendo no rotativo do cartão porque a taxa é escorchante. Sugiro fazer um plano familiar.

Nesse plano, defina que o telefone da filha só poderá gastar R$ 60 por mês.

O do filho, R$ 50 por mês. Chegando lá, corta, e aí só no mês que vem. Eles vão aprender direitinho a dividir o crédito durante o mês. Isso é um orçamento para o telefone”, explica.


Pegar um empréstimo bancário para pagar a dívida do cartão de crédito para fugir dos juros é uma boa solução?

“É isso mesmo. O crédito pessoal no banco é muito mais barato: um terço ou menos do que a taxa do rotativo do cartão. A primeira coisa é pagar o mínimo para escapar da multa.

A multa é 2% sobre tudo! É esse valor só porque você não pagou o mínimo.

Se você fizer uma relação com o mínimo, são 10% que se paga de multa. É um absurdo.

A segunda coisa é imediatamente ir ao banco, e o banco dá isso com facilidade. Negocie em cinco ou dez vezes em uma taxa que é um terço do rotativo. Não pode bobear.

Agora, se fizer isso todo mês, complica. Vira uma bola de neve”, afirma.


Como parcelar uma compra sem comprometer a renda?

“Não pode ser ansioso. Em vez de comprar em cinco vezes, espere cinco meses e compre à vista - e com desconto.

E cuidado com as ofertas que existem com roupas e eletrônicos que oferecem quatro ou cinco vezes sem juros.

Você está sempre com a ideia de que tem dinheiro para comprar.

Mas uma parcela se superpõe à outra. Aí a dívida cresce.

Tome muito cuidado. De preferência, se controle. Faça de conta que tem uma prestação, guarde, e aí compre à vista.

Muitos podem argumentar que é fácil falar. Mas tem que segurar a barra mesmo. Vai ao shopping? Vá sem cartão de crédito, sem talão de cheque e sem carteira de identidade, porque aí não faz carnê (risos). Você não vai comprar nada”, avisa.


Recado final

“Não pode haver desperdício, só isso. Porque, poupando, podemos realizar o sonho que temos.

É comprar um carro, passar um fim de semana em um hotel fazenda, alugar uma casa no verão. Tudo isso depende de ter dinheiro à vista.

Você vai alugar uma casa a prazo? Não existe. Você terá que pagar antecipadamente. Esse sonho, que é seu e da sua família, pode ser obtido se você não jogar dinheiro fora.

O que é jogar dinheiro fora? É gastar à toa com celular, ficar pagando tarifa bancária e juros de cartão de crédito porque está dando dinheiro para os outros.

Guarde o dinheiro para você. Não desperdice”, diz.

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