segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Os investimentos públicos e privados programados para o Rio de Janeiro passam de R$ 181,4 bilhões até 2013.

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Os investimentos públicos e privados programados para o Rio de Janeiro, nos próximos três anos, atingem R$ 181,4 bilhões, os dados constam do documento Decisão Rio, divulgado hoje (19) pela Federação das Indústrias do Estado (Firjan).

A economista Julia Nicolau, especialista em competitividade industrial e investimentos do Sistema Firjan, disse ao Economia Nacional e Mundial que foi registrado um crescimento de 44% no total de investimentos projetados para 2011-2013, em relação ao levantamento, referente ao período 2010-2012.

Na indústria de transformação, que receberá R$ 29,5 bilhões, a expansão alcançou 45,2%, “sendo que no setor naval, o aumento foi expressivo: 254% maior em relação ao triênio anterior”, disse .

Ela explicou que o crescimento é impulsionado pela construção de embarcações para a exploração do petróleo na camada pré-sal. “Muitos estaleiros foram reativados e outros estão em construção para a fabricação e manutenção de embarcações, mostrando uma recuperação e consolidação com força total do setor naval no estado”.

No setor de infraestrutura, deverão ser investidos R$ 36,3 bilhões, enquanto o turismo receberá R$ 1 bilhão. Na área de petróleo e gás, os investimentos da Petrobras e empresas parceiras somam cerca de R$ 107,9 bilhões.

Excluindo-se os investimentos da Petrobras, verifica-se que dos R$ 73,5 bilhões restantes, 67,3% serão empregados na construção de indústrias; 24,3% em expansão e modernização; e 8,4% na construção de embarcações. Julia Nicolau destacou ainda as áreas de petroquímica, de energia e de pesquisa e tecnologia entre aquelas que também receberão grandes volumes de investimentos.

Os investimentos relacionados à Copa de 2014 e aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 totalizam R$ 11,5 bilhões.

A economista observou que embora a capital fluminense concentre ainda a maior parte do valor dos recursos programados até 2013 (11,7%), o movimento de interiorização começa a ganhar força. “Se a gente olhar o Decisão Rio, que se referia aos anos de 2006-2008, a capital respondia por 20% dos investimentos. Ela agora responde por 11,7%.

Ou seja, mesmo com um volume grandes de investimentos associados à Copa e às Olimpíadas, a cidade diminuiu a sua participação relativa no total de investimentos. Isso mostra que o crescimento e o desenvolvimento econômico estão avançando para o interior do estado”.

Para a cidade do Rio, os investimentos projetados nos próximos três anos são R$ 21,2 bilhões. Para o norte fluminense, são previstos R$ 14 bilhões, enquanto o leste do estado deverá receber R$ 13,2 bilhões e o sul R$ 11,4 bilhões. “Sem falar em cerca de R$ 108 bilhões que cruzam várias regiões do estado. São obras de recuperação rodoviária ou de saneamento básico que passam por municípios de diversas regiões”.

Os investimentos terão impacto positivo na criação de novos postos de trabalho no estado. Um dos principais motores de geração de emprego nos próximos anos é o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). A expectativa é gerar, entre a fase de construção e a entrada em operação, mais de cem mil postos de trabalho, salientou a economista da Firjan.

O cronograma prevê o início de funcionamento da primeira refinaria do Comperj em 2013. A unidade petroquímica deverá entrar em operação em 2017 e a segunda refinaria, em 2018.

A instalação de centros de pesquisa no Parque Tecnológico do Fundão, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), também resultará na geração de cinco mil empregos especializados, no final de 2013.

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