segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Se começou a investir, este é o momento ideal para aprender e nós ensinamos economicamente.

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Hoje eu mesmo, Gilmar Andrade, fundador e diretor do site Economia Nacional e Mundial venho relatar e explicar de modo facil e de linguajar fácil sobre o mercado financeiro após o susto do início de agosto, com a crise americana e europeia.

Venho explicar uma análise do que vai acontecer a curto prazo, e como o Brasil vai passar pela turbulência.

Economia Nacional e Mundial: No início de agosto, as Bolsas de todo o mundo sofreram grandes quedas.

Quais são as expectativas agora? Elas devem voltar a subir? Qual a avaliação do cenário a curto prazo?

Gilmar Andrade: O cenário é de grande volatilidade, no entanto, quem está disposto a investir visando o longo prazo pode começar a ir às compras aos poucos, nunca tentando adivinhar o "fundo do poço".

Muitos papéis de empresas sólidas já estão sendo negociados a preços atrativos, mas não podemos esquecer que em momentos de crise prevalece a irracionalidade no mercado. Já está barato, sim, mas ainda pode ficar mais.

Perguntas do Site: Por que a Bovespa apresentava quedas mais acentuadas que o índice Dow Jones ou o Nasdaq?

Gilmar Andrade: Nossa bolsa ainda depende muito do capital estrangeiro. Quando vivemos momentos de incerteza, como agora, os investidores estrangeiros necessitam do capital investido aqui e em outras economias emergentes para honrarem seus compromissos lá fora. Mesmo que não estejamos no epicentro do furacão, acabamos sofrendo mais que os países desenvolvidos diante de cenários desfavoráveis.

É por isso que papéis ligados ao consumo interno são boas opções nestas horas, já que dependem muito menos do cenário internacional. Como exemplo, podemos citar as empresas de energia elétrica, que em momentos de crise não têm sua demanda afetada consideravelmente, pois não deixamos de acender as luzes de casa diante de momentos adversos.

Perguntas do Site: A Bovespa acumula prejuízo de mais de 20% em 2011. Com as ações em baixa, é o momento de comprar?

Gilmar Andrade: Enxergamos este momento como uma grande oportunidade. Os investidores que estão bem assessorados e têm uma estratégia definida podem aproveitar momentos como este para fazer grandes negócios. Quando a tempestade passa vem a bonança.

Perguntas do Site: Sobre a crise nos EUA e na Europa. O Brasil é o 4º maior detentor de títulos do Tesouro americano, com US$217 bilhões. É viável continuar comprando títulos dos EUA? O risco de calote foi afastado por enquanto, mas existem outros riscos para o Brasil?

Gilmar Andrade: Quanto à possibilidade de calote por parte dos EUA, a chance é remota e o mercado não cogita esta possibilidade. Porém, neste momento a atenção dos investidores está voltada a crise fiscal na Zona do Euro. Este fato repercute diretamente no Brasil e no resto do mundo.

Perguntas do Site: Com a crise internacional, a possibilidade dos países emergentes se desenvolverem é maior ou eles não conseguirão se proteger?

Gilmar Andrade: Em momentos de crise internacional, com a economia globalizada, não conseguimos estar imunes, pois muitos de nossos parceiros comerciais vivem situações preocupantes e, consequentemente, alguns negócios são prejudicados. No entanto, aqueles que estão mais bem preparados, como é o caso do Brasil, com uma boa reserva internacional e a economia interna aquecida, tendem a sair destes momentos muito mais fortes do que eram anteriormente.

Perguntas do Site: O Ministro Guido Mantega afirmou que por causa da recessão global será necessário estimular a economia, para isso, a reação deverá ser mais monetária (redução dos juros) do que fiscal (expansão do gasto). Qual a avaliação do senhor sobre essa posição?

Gilmar Andrade: É comum nestas horas o governo optar por uma política monetária expansionista, que consiste na redução das taxas de juros e o conseqüente aumento de circulação de moeda na economia.

Esta medida estimula o investimento no setor privado. Além disso, nossa taxa de juros ainda tem muito espaço para cair, estamos ainda destoando em relação ao resto do mundo. É difícil investir no setor produtivo enquanto é possível remunerar o capital no mercado financeiro a uma taxa de 12,5% ao ano.

Perguntas do Site: E em Santa Catarina? Como a crise tem influenciado empresas catarinenses com ações na Bolsa? O senhor poderia dar exemplos?

Gilmar Andrade: A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) tem manifestado grande preocupação quanto à desindustrialização, por conta, sobretudo da valorização do Real. Esse status favorece a importação de produtos. As empresas catarinenses voltadas à exportação são as que mais têm sofrido.

Perguntas do Site: Para quem não quer arriscar, quais são as outras opções de investimentos? É aconselhável investir no Tesouro Direto, por exemplo?

Gilmar Andrade: Temos excelentes alternativas no Brasil devido a nossa taxa básica de juros, hoje em 12,5% a.a.. Portanto para investidores com um perfil mais conservador, ou aqueles que continuam a espera de uma melhora no cenário externo, existem alternativas muito atrativas, como as aplicações via Tesouro Direto, onde é possível aplicar em títulos públicos a partir de 100,00 reais.

Os investimentos têm como finalidade captar recursos para financiar a dívida pública e outras atividades do governo. É um investimento seguro com boa rentabilidade. Além dos títulos do governo existem outras aplicações no mercado de Renda Fixa que podem ser uma boa opção para diversificar a carteira, como as Letras de Crédito Imobiliário e Agrícola, Debêntures, CRIs. São aplicações que envolvem mais risco, mas geralmente apresentam melhor rentabilidade.


Perguntas do Site: Os investimentos Private Equity estão batendo recordes no Brasil. Eles são uma opção para a pessoa física? Como funcionam?

Gilmar Andrade: Os investimentos em Fundos de Private Equity são uma boa opção para quem quer apostar em empresas promissoras de capital fechado, ou seja, que não têm papéis negociados em bolsas de valores e principalmente aqueles que não têm pressa para colher os rendimentos. É importante ficar atento no tamanho da aplicação inicial neste tipo de investimento, que geralmente costuma ser alta.


Perguntas do Site: Quem está começando no mercado, como se preparar para começar a investir na Bolsa de Valores?

Gilmar Andrade: O investimento inicial deve ser em educação financeira. Quem está começando a investir deve aproveitar o momento atual para aprender muito. Entender o funcionamento do mercado antes de começar a atuar. Procurar cursos, simuladores e estar sempre atento aos acontecimentos ao redor do mundo.

Portal Economia SC: Qual a relevância em ter um apoio técnico, um consultor financeiro neste momento?

Gilmar Andrade: Recorrer ao auxílio de um profissional é importante não só em momentos de crise. Aqueles que estão bem assessorados transformam estes momentos em grandes oportunidades. O mais importante é que investidor entenda a relevância de planejar seu futuro financeiro e também a necessidade de cuidar do patrimônio que já adquiriu.

O papel do consultor é minimizar os riscos e maximizar os ganhos, diversificando a carteira dos clientes, de modo que as aplicações estejam sempre de acordo com o perfil de cada investidor.

Depois de toda esta entrevista sobre economia, gostaria de indicar aos interessados em fazer um Planejamento Financeiro!

O Planejamento Financeiro é o grande aliado da construção de grandes fortunas e quem entender a sua importância vai estar sempre à frente.

Nunca é tarde para começar a planejar as finanças. Tomo a liberdade de citar uma frase do grande investidor Warren Buffet que mostra a essência do Planejamento Financeiro: "Se alguém está sentado na sombra hoje, é porque alguém plantou uma árvore há muito tempo".

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