Dilma não deu detalhes no rápido encontro que aconteceu em Nova York entre os dois presidentes, acrescentou a fonte, sob condição de anonimato.
Os comentários de Dilma destacam a vontade do Brasil e de outros países em desenvolvimento para tentar aliviar a crise da dívida na zona do euro antes que os problemas se espalhem pelo mundo.
O Brasil já comprou título de dívida europeu e irá tentar coordenar outra ajuda com seus parceiros do Brics, grupo formado por mercados emergentes, em reunião separada em Washington ainda esta semana.
O grupo dos Brics também inclui Rússia, Índia, China e África do Sul.
Dilma e Obama concordaram ainda que a Europa precisa mostrar que tem recursos e vontade política para lidar com seus problemas, disse a fonte.
O secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, devem se reunir em Washington nos próximos dias para continuar a discutir a crise europeia.
Obama e Dilma "sentiram que as discussões mais aprofundadas sobre esses desafios ... são necessárias antes da reunião do G20 em novembro, e eles concordaram que o momento mais apropriado (para essas discussões) será o encontro entre o secretário do Tesouro Geithner e o ministro Mantega em Washington", disse o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, a jornalistas.
Um dos assuntos que pode estar na agenda dessa reunião é a ideia do Brasil de que os grandes países emergentes disponibilizem bilhões de dólares em novos fundos disponíveis ao Fundo Monetário Internacional, como uma forma de ajudar a aliviar a crise na zona euro.
Mantega deverá fazer uma proposta nesse sentido na reunião dos Brics em Washington esta semana, disseram fontes do governo brasileiro à Reuters na segunda-feira.
O encontro entre Dilma e Obama em Nova York durou pouco menos de meia hora, disse Patriota.
A presidente parabenizou Obama por seu plano para criar empregos e foi convidada por Obama para visitar os Estados Unidos no início do próximo ano, segundo o chanceler.
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